Deu chabu no casamento de Bolsonaro com PL que aconteceria no dia 22 de novembro

Entrou água no chope do presidente Jair Bolsonaro e do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, que adiaram o casamento marcado no próximo dia 22 de novembro. Deu chabu na filiação no PL.

Para consumo externo, os pombinhos informaram que a desavença ocorre nos palanques estaduais. Em São Paulo, o PL tende a apoiar Rodrigo Garcia (PSDB) enquanto Bolsonaro exige um candidato próprio conservador por meio de uma coalizão contra a esquerda e o centro.

“Decidimos, de comum acordo, pelo adiamento da anunciada cerimônia de filiação. Portanto, a data de 22 de novembro foi cancelada, não havendo, ainda, uma nova data para o compromisso de filiação”, diz um documento divulgado neste domingo (14/11) pelo presidente nacional do PL.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, é o nome lembrado pelo mandatário para concorrer ao governo de São Paulo. Também há bronca no Nordeste, onde os liberais preferem caminhar com o ex-presidente Lula.

Internamente, a família Bolsonaro promove uma guerra interna pelo controle do PL com porteira fechada, isto é, além dos palanques regionais, o clã luta para tirar a chave do cofre das mãos de Valdemar da Costa Neto sob o argumento de que o partido crescerá com a filiação do presidente. Ao menos 40 deputados acompanharão Bolsonaro, estimam os filhos do presidente da República.

A saída de Bolsonaro do PSL, há dois anos, igualmente envolveu a disputa pelos fundos eleitoral e partidário. Sem acesso à bufunfa, o presidente se desfiliou. Tentou criar uma organização, a Aliança pelo Brasil, mas bateu na trave porque nasceria sem acesso ao raio do fundo.

Economia

O PSL tem direito a R$ 558,6 milhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).

O PL tem 204 milhões de fundo eleitoral, mas, por causa do reajuste, poderá receber até R$ 400 milhões em 2022.

Em público, Bolsonaro jura que o casamento com o PL de Valdemar da Costa Neto é por “amor”. Alguém acredita?