Deu chabu: Governo Bolsonaro fazia esquemas com vacinas enquanto meio milhão de pessoas morria no País

O presidente Jair Bolsonaro adotou o “laissez-faire” –máxima do liberalismo segunda qual ‘deixe fazer’– para a corrupção nas vacinas contra a covid-19 enquanto meio milhão de pessoas morriam no País.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) disse neste domingo (27/6) que, além da vacina indiana Covaxin, houve esquema de corrupção envolvendo compras de vacinas de outros laboratórios.

“A vacina agora é a chinesa CanSino e a empresa intermediária é BelCher Farmacêutica Brasil, com sede em Maringá, terra de Ricardo Barros. Um dos sócios é Daniel Moleirinho, cujo pai é parceiro político do líder de Bolsonaro”, registrou o parlamentar petista.

O contrato do Ministério da Saúde, lotado de políticos do “Centrão” em áreas estratégicas para aquisição de vacinas, tem intenção de compra de 60 milhões de doses da vacina CanSino.

O governo federal iria pagar 17 dólares por dose – quer dizer, R$ 5,2 bilhões por 60 milhões de doses. O valor mais alto de todas as vacinas compradas pelo governo, incluindo a superfaturada Covaxin, 15 dólares.

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Abaixo, acompanhe a discussão:

Economia

Fabrício Menardi, da Unicamp, anotou o que segue em seu perfil no Facebook:

“O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, apontado ontem por Luis Miranda como o homem acobertado por Bolsonaro na fraude da Covaxin, é próximo do empresário Francisco Feio Ribeiro Filho.

Conhecido como Chiquinho Ribeiro, o dono da Pneumar foi presidente da Urbamar, empresa de urbanização de Maringá, quando Barros foi prefeito da cidade, lá no início da década de 90.

Quando Chiquinho Ribeiro completou 70 primaveras, em 2016, o irmão de Ricardo, Silvio Barros – que também já foi prefeito da terra do Marreco -, publicou no Instagram uma foto sua e de sua consorte na comemoração: “festa linda, merecida e abençoada do nosso amigo chiquinho Ribeiro”.

Quando Cida Borghetti, esposa de Ricardo Barros, tornou-se governadora do Paraná, em 2018, Chiquinho foi parar na direção da Companhia de Saneamento do estado (Sanepar).

Há dois meses, Cida Borghetti foi nomeada por Bolsonaro para o Conselho de Administração de Itaipu Binacional, rendendo o indefectível Carlos Marun e com salário de R$ 27 mil para participar de umas reuniões.

Há 15 dias, meados de junho, o Ministério da Saúde assinou intenção de compra de 60 milhões de doses de uma vacina contra a covid-19 chamada Convidecia, do laboratório chinês CanSino. O preço é de nada menos que 17 dólares a dose, mais cara que a Covaxin. A se confirmar o negócio, que está na dependência da Anvisa, será a vacina mais cara negociada pelo Brasil. Estamos falando de um negócio de mais de R$ 5 bilhões.

A representante da CanSino no país é a Belcher Farmacêutica do Brasil, com sede em… Maringá. Há um ano, em julho do ano passado, a Belcher foi alvo da Operação Falso Negativo, contra empresas que se lambuzaram em superfaturamentos aproveitando-se da dispensa de licitação para aquisição de testes rápidos de covid-19.

Um dos sócios da Belcher é Daniel Moleirinho Feio Ribeiro, que é filho de… Chiquinho Ribeiro.

Cereja: quem entrou com o pedido de liberação da vacina na Anvisa foram Luciano Hang, Carlos Wizard e o outro sócio da Belcher, Emanuel. Hang e Wizard são os dois grandes empresários brasileiros mais próximos do presidente da República. Um anda na garupa, o outro é do gabinete paralelo.

Pode ser apenas mais uma grande coincidência, já que este é o país delas, mas acho que convinha dar uma olhada no tocante a essa cuestão aí, talquei?”