Desalento dispara nos três meses de Bolsonaro e Paulo Guedes


O IBGE informou que há 4,855 milhões de pessoas desalentadas (que desistem de procurar emprego), número recorde, um acréscimo de 275 mil em um ano, com avanço acentuado nos últimos meses. A PNAD-Continua do IBGE divulgada nesta sexta-feira (29) também apontou um novo repique do desemprego, que atingiu 12,4%.

“Dado que o desemprego chegou neste nível tão alto, isso alimenta o desalento também. Essas pessoas não se veem em condições de procurar trabalho”, explicou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Houve aumento também do trabalho informal. Empregos sem carteira assinada aumentaram em 367 mil vagas desde o último ano, enquanto o trabalho por contas própria teve adesão de 644 mil no período.

Segundo o IBGE, a renda média real no País no trimestre foi de R$ 2.285 por mês, alta de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Até o governo adota uma postura cautelosa ao avaliar alguns sinais de melhora do emprego, como o retratado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro. No segundo mês do ano, houve a criação de 173.139 vagas formais, o melhor resultado para o mês. “É importante ter prudência e cautela com números do Caged”, disse na semana passada o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo.