“Se o Ministério Público precisava de provas concretas para agir, aí estão os recibos das compras de votos de convencionais do PMDB”. São essas as palavras do deputado federal João Arruda, que, nesta quarta-feira (11), mostrou cópias das portarias que contratam delegados do partido pela superintendência do Porto de Paranaguá (APPA). Segundo o parlamentar, cada cargo representa R$ 7 mil ao mês para os convencionais votarem, no próximo dia 20, contra a candidatura própria do senador Roberto Requião ao Palácio Iguaçu.
Nas portarias assinada pelo superintendente da APPA, Luiz Dividino, Ivori José Dias e Camila Cordeiro Roque são admitidos nas datas de 9 e 10 de junho, respectivamente (veja os documentos acima).
Camila é filha do vereador Marquinhos Roque, presidente da Câmara Municipal de Paranaguá, que é delegado à convenção estadual do PMDB. Ela também é sobrinha de outro convencional, Mário Cezar Elias Roque, conhecido como Maruca.
Já o delegado do PMDB de Guaraqueçaba, Ivori José Dias, foi nomeado hoje pelo superintendente, através da Portaria n!º 181-APPA, para exercer o cargo de chefe da seção de operações Antonina simbologia CC-5.
Para João Arruda, as duas nomeações “mais do que batom na cueca significam provas concretas de que o governo de Beto Richa está comprando convencionais do PMDB para votarem a favor da coligação com o PSDB”.
O governador deveria dedicar sua energia ao salvamento das vítimas das enchentes que castigam o Paraná, não se metendo na disputa interna do PMDB. Esses e outros R$ 7 mil distribuídos por aí vão fazer falta aos desabrigados!, protestou o sobrinho do senador Roberto Requião, pré-candidato ao governo do estado.
O deputado informa que vai pedir na Justiça e à direção nacional do PMDB a suspeição dos convencionais do Litoral, ou seja, para que tenham seus votos invalidados na convenção do partido.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
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