Deltan fraudou assinaturas no projeto das 10 medidas anticorrupção?

O presidente da Câmara Rodrigo Botafogo Maia (DEM-RJ) acredita que o procurador da República Deltan Dallagnol, da Lava Jato, fez “cabritagem” na coleta de 2 milhões de assinaturas para validar o projeto de iniciativa das 10 medidas anticorrupção.

Botafogo — apelido de Maia revelado em delação da Odebrecht — quer acionar os TREs para checar a veracidade das assinaturas, bem como os números de títulos de eleitor daqueles que subscreveram a iniciativa popular.

A bronca de Maia, o Botafogo, é com a liminar do ministro Luiz Fiat Fux que mandou o Senado devolver o pacote anticorrupção à Câmara. O magistrado não gostou de os deputados modificarem o texto da iniciativa popular. No entanto, a lei da ficha limpa, aprovada em 2010, também sofrera alterações no Congresso Nacional.

O presidente da Câmara ouviu o ministro Gilmar Mendes, do STF, que na audiência pública no Senado sobre o abuso de autoridade desqualificou as assinaturas coletadas por Deltan afirmando que assinaturas de iniciativas populares podem ser facilmente coletadas com a ajudado sindicato dos camelôs das grandes cidades.

Em 2007, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) recorreu aos camelôs para obter 1 milhão de assinaturas pelo fim da CMPF, ou seja, contra o financiamento da SUS (o dinheiro do imposto do cheque bancava a saúde pública).

Pelas histórias que chegaram ao Blog do Esmael, se houver uma recontagem, possivelmente o projeto retornará ao procurador para que retome dentro da legalidade a coleta de boas subscrições.

Economia

A campanha pelas 10 medidas anticorrupção foi concebida pela agência de propaganda OpusMúltipla, de Curitiba, segundo denúncia do senador Roberto Requião (PMDB-PR).

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