Declaração de Gilmar Mendes sobre “corte bolivariana” no STF abre nova crise com o PT

gilmar_pt.jpgO líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), exige que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se retrate da declaração ao jornal Folha de S. Paulo, edição desta segunda-feira (3), na qual afirma que o colegiado pode ser convertido em uma “corte bolivariana” diante da possibilidade de governos petistas nomearem até 10 dos 11 membros a partir de 2016.

“Não tenho bola de cristal, é importante que [o STF] não se converta numa corte bolivariana. Isto tem de ser avisado e denunciado”, Mendes, que por óbvio defende a “PEC da Bengala” que adia de 70 para 75 anos a aposentadoria dos ministros (clique aqui).

“Com todo respeito ao ministro, considero essa declaração profundamente infeliz, porque coloca os próprios magistrados na condição de serem correias de transmissão do governo. A verdade é que o STF tem se colocado de forma independente em várias situações, inclusive em questões relativas ao próprio PT”, afirmou o parlamentar, em entrevista ao portal Brasil 247, parceiro do Blog do Esmael.

A PEC da Bengala, defendida pela velha mídia como panacéia contra o PT, é apenas mais um capítulo da politização exacerbada do STF inciada com o julgamento da AP 470 (mensalão).

A bancada do PT na Câmara também rebateu a declaração de Gilmar Mendes pelo Twitter, criticando a “prepotência” e a “falta de decoro” do integrante da Corte suprema.

Na polêmica entrevista à  Folha, o ministro do STF criticou o ex-presidente Lula ao comentar representação do PSDB contra a campanha do PT que associou Aécio Neves ao consumo de álcool: “Diante de tal absurdo, será que o autor da frase também passaria no teste do bafômetro? Porque nós sabemos, toda Brasília sabe, eu convivi com o presidente Lula, de que não se trata de um abstêmio”, afirmou.

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