O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) não é mais o mesmo.
O parlamentar paranaense, que foi do núcleo Lava Jato, afrouxou na CPI do MEC porque está de olho no apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Alvaro é pré-candidato à reeleição, mas, pelas contas, só continuará no cargo de senador se obtiver as graças de Bolsonaro e do governador Ratinho Junior (PSD).
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Numa entrevista à Jovem Pan, neste domingo (10/04), o senador alegou que não apoiou a abertura da comissão por considerar que ela “seria apenas um palanque armado com objetivos eleitoreiros”.
– Em ano eleitoral, especialmente na situação do Brasil, uma CPI é um palanque. E nós já vimos isso na CPI da Covid. Era importante aquela CPI, mas infelizmente ela não atuou como deveria – disse.
Alvaro Dias, que ó o líder do Podemos no Senado, não assinou a CPI do MEC e disse que não vai assinar o pedido de investigação.
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É dele o bordão de que o Senado e o governo não podem ser transformados em um “balcão de negócios”.
No entanto, seu correligionário e conterrâneo Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) retirou a assinatura pela abertura da CPI do MEC.
Empresário da área da educação e de tecnologia, Oriovisto foi fundador do Grupo Positivo.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) havia conseguido as 27 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de instalação da comissão, mas a expectativa de apoio de Bolsonaro nas eleições de outubro parece que pesou na bancada do Podemos. Ou não?
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.