Datafolha: 47% dizem que Bolsonaro é “inocente” no caso de 100 mil mortes

O instituto Datafolha afirma que 47% dos brasileiros veem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “inocente” no caso das 106 mil mortes pelo novo coronavírus. Segundo levantamento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira (14), quase metade dos entrevistados exime o presidente da República de qualquer culpa em relação aos óbitos por Covid-19.

Confira os números da pesquisa realizada entre os dias 11 e 12 de agosto. Foram entrevistadas 2.065 pessoas. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

  • Não tem culpa: 47%
  • Principal culpado: 11%
  • Um dos culpados, mas não o principal: 41%
  • Não sabe: 2%

De acordo com o Datafolha, 49% dos entrevistados afirma que Bolsonaro não é responsável pelo avanço do coronavírus no Brasil ante 33% que dizem que, sim, o presidente é o responsável.

O instituto também perguntou ao entrevistado se Bolsonaro é responsável pelo avanço do coronavírus no Brasil. O resultado:

Para 49% da população, o Brasil não fez o necessário para evitar as mais de 100 mil mortes por coronavírus e 24% dizem que foi feito o necessário. Nada que o país fizesse evitaria esse número de mortes, segundo 22% dos entrevistados e 6% não souberam responder.

Os governadores de estados também são isentos de culpa por 55% dos entrevistados pelo Datafolha. Apenas 24% acreditam que os gestores estaduais são muito responsáveis pelo avanço do coronavírus no Brasil.

Economia

O Datafolha ainda carimbou o ministro da Saúde como “fantasma”, pois, de acordo com o instituto, 88% dos brasileiros não sabem que a pasta é comandada interinamente pelo general Eduardo Pazzuelo.

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Lula e PT presumem como verdadeira delação de Dario Messer contra donos da Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, nas redes sociais, estão presumindo verdadeira a delação do “doleiro dos doleiros” Dario Messer.

Em delação premiada, Messer disse que fez negócios com os donos da Rede Globo.

Ao Ministério Público Federal do Rio, o doleiro que é o “cara” da Lava Jato, disse que fazia as “bruxarias” com a família Marinho por meio banco Safra de Nova York.

Segundo o delator Dario Messer, ele fazia entrega de pacotes de dinheiro dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 mil e 300 mil dólares.

Para o PT, presume-se verdadeira a delação de Dario Messer.

“Agora a Globo diz que o delator mente! Mas porque iria mentir sobre os Marinhos?”, questionou o deputado Rogério Correia (PT-MG). “Palloci mentiu sobre Lula para agradar Moro e a Globo tratou como verdade”, recordou o parlamentar.

A Globo jura que Dario Messer mentiu e que os Marinho são “limpinhos”.

A TV Record aproveitou a delação para disparar contra a concorrente.

“Doleiro Dario Messer, que é investigado pela Lava Jato, disse em delação premiada que entregava pacotes de dinheiro para integrantes da família Marinho”, destacou a emissora do bispo Edir Macedo, que reúne interesses políticos, religioso e muito dinheiro.

Como se fosse uma lei divina, o mundo dá voltas. Chega a ser poético.

Os Marinho, que comemoraram a condenação de Lula por delação sem provas, agora exigem provas do doleiro que os delatou.

Dario Messer, o “cara” da Lava Jato, delata os donos da Globo

Deu ruim para os donos da Rede Globo. O doleiro Dario Messer, o “cara” da Lava Jato, delatou a família Marinho em sua delação homologada pelo Ministério Público Federal do Rio na última quarta-feira (12).

O doleiro que é tido como trunfo da força-tarefa citou supostos “serviços prestados” aos donos da Globo.

De acordo com a revista Veja, Messer disse em depoimento realizado no dia 24 de junho que realizou repasses de dólares em espécie para os Marinho em várias ocasiões. Segundo o delator, a entrega dos pacotes de dinheiro acontecia dentro da sede da Rede Globo, no Jardim Botânico. Messer diz que um funcionário de sua equipe entregava de duas a três vezes por mês quantias que oscilavam entre 50 mil e 300 mil dólares.

No depoimento, ainda segundo a publicação, Messer diz ter começado a fazer negócios com os Marinho por intermédio de Celso Barizon, supostamente gerente da conta da família no banco Safra de Nova York. De acordo com o delator, os repasses teriam começado no início dos anos 90, quando Messer tocava sua operação de dólar a partir do Rio de Janeiro. Segundo a versão de Messer, os valores em espécie entregues no Brasil seriam compensados pelos Marinho no exterior, por intermédio da conta administrada por Barizon. Os Marinho depositariam para Messer (no exterior também) o valor entregue em dinheiro vivo no Brasil.

Ainda conforme o delator, a pessoa que recebia o dinheiro na Globo era um funcionário identificado por ele como José Aleixo. “Messer não apresenta provas dessas entregas de dólares e cita em depoimento que nunca teve contato direto com os Marinho, segundo autoridades que leram a delação, em Brasília”, regista a Abril. “Apesar disso, o doleiro sustenta em depoimento que os destinatários do dinheiro seriam os irmãos Roberto Irineu (Presidente do Conselho de Administração do Grupo Globo) e João Roberto Marinho (vice-presidente do Grupo Globo)”, completa a reportagem.

Em nota encaminhada à redação da Veja, a assessoria de Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho negou as informações dadas por Messer: “A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, vimos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades”.

A Globo costumava repetir o bordão da Lava Jato segundo qual Dario Messer era o “doleiro dos doleiros”.

Maia pode ganhar apoio do PT, se abrir a CPI da Lava Jato

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pode se consagrar caso resolva instalar a CPI da Lava Jato.

“Botafogo”, como lhe chamam os procuradores da força-tarefa, pode ganhar o apoio até do PT em seu projeto de reeleição.

Mas esse apoio estaria condicionado à comissão de investigação na Câmara, que teria como focos o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

Na prática, os petistas podem trocar as cabeças de Deltan e Moro pelo apoio à reeleição de Maia.

O Centrão também espera que o Rodrigo Maia instale a CPI da Lava Jato, antes de posicionar-se acerca da eleição na mesa da Câmara.

A CPI da Lava Jato também agradaria –e muito– o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) porque já sepultaria a candidatura de Sergio Moro em 2022.

Há um acordo tácito no ar entre esquerda e Centrão, portanto.

Então, o que falta para Rodrigo Maia, o Botafogo? Coragem. Falta coragem para o atual presidente da Câmara, segundo disse ao Blog do Esmael um parlamentar do PT.

A admissibilidade de uma CPI depende discricionariamente do presidente da Câmara. Ou seja, é Maia quem decidirá se a CPI da Lava Jato se instalará ou não.

O pedido para investigar Moro, Deltan e a República de Curitiba já foi feito há mais de um ano.

Mas falta coragem a Rodrigo Maia, cuja covardia poderá tirá-lo da presidência da Câmara. A conferir.