CPI da Segurança Pública precisa de uma assinatura para ser instalada na ALEP

► Há meses policiais militares estão acampados em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba

O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil, Antonio Simião, informa nesta terça-feira (26/04) que falta apenas uma assinatura para instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), para investigar a situação da Segurança Pública no estado.

A CPI pode ganhar o nome de “Ricieri Chagas“, em homenagem ao cabo da PM morto em decorrência do ferimento na cabeça quando ele defendia o munícipio de Guarapuava durante invasão por 30 criminosos fortemente armados.

Pelo regimento da ALEP, são necessárias 18 assinaturas para uma CPI começar a funcionar na Casa.

Mais três deputados podem assinar hoje pedido de CPI da Segurança Pública na ALEP, segundo disseram ao Blog do Esmael policiais militares e o delgado Simão.

Veja quem são os 17 deputados que já assinaram o pedido de CPI:

painel eletrônico da alep
Painel eletrônico da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP)

► DEPUTADO PROFESSOR LEMOS

► DEPUTADO GOURA

Economia

► DEPUTADA LUCIANA RAFAGNIN

► DEPUTADO REQUIÃO FILHO

► DEPUTADO ARILSON CHIORATO

► DEPUTADO SOLDADO FRUET

► DEPUTADO TADEU VENERI

► DEPUTADA MABEL CANTO

► DEPUTADO BOCA ABERTA JUNIOR

► DEPUTADO CORONEL LEE

► DEPUTADO LUIZ FERNANDO GUERRA

► DEPUTADO RICARDO ARRUDA

► DEPUTADO GILBERTO RIBEIRO

► DEPUTADO DELEGADO JACOVÓS

► DEPUTADO ARTAGÃO JUNIOR

► DEPUTADO RODRIGO ESTACHO

► DEPUTADA CRISTINA SILVESTRI

O movimento pela instalação da CPI ganhou força na ALEP após a morte do policial militar Ricieri Chagas, 48 anos, que foi baleado na tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores de Guarapuava, na região central do Paraná, no último dia 17 de abril.

Na justificativa, 17 deputados argumentam que:

a) Falta de pessoal em todos os cargos da Policia Civil, sendo que em alguns cargos a defasagem chega a mais de 50% (cinquenta por cento);

b) Acúmulo de função em razão da falta de pessoal;

c) Desvio de função, que obriga os servidores a custodiarem presos em total afronta à lei;

d) Permanência de presos nas delegacias contrariando a Lei de Execução Penal;

e) Cancelamento do último concurso para delegado em razão da pandemia do coronavírus;

f) Ausência de ao menos um Policial Civil em delegacias em vários Municípios;

g) Instalação inadequada de delegacias tanto na Capital do Estado quanto nos municípios do interior;

h) Demora injustificável na realização de pericias requisitadas com urgência;

Soma-se aos problemas de infraestrutura, há meses policiais militares estão acampados em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba.

Os PMs alegam que sofrem com a falta do efetivo, defasagem nos soldos de 50%, jornada de trabalho excessivo e cobram horas extras devidas pelo governo do estado.

Os profissionais da segurança pública ainda denunciam perseguição do governador Ratinho Junior (PSD), que, segundo eles, sequer atende as entidades representativas das categorias, tais como policiais civis e penais.

Em virtude dessa conflagração na segurança pública, policiais têm acompanhado a agenda do mandatário estadual para protestar contra o caos na área provocado pelo descaso do Palácio Iguaçu.

Clique aqui para ler o pedido de CPI e as assinaturas já confirmadas pelos deputados.

Assista ao vídeo