Covid-19: Governo Bolsonaro desperdiçou mais de R$ 12 milhões

O governo do presidente Jair Bolsonaro já desperdiçou 12,9 milhões destinados ao combate da pandemia de Covid-19. A informação é do Conselho Nacional de Saúde (CNS). O montante foi destinado por Medidas Provisórias (MPs), que perderam a validade.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS), que tem acompanhado os investimentos do Ministério da Saúde semanalmente, tem alertado para as dificuldades na execução dos gastos na pasta. “Estamos em uma situação emergencial. Não tem explicação para a demora em gastar”, disse o economista Francisco Funcia, segundo informou Mônica Bergamo, na coluna Painel da Folha de São Paulo.

De acordo com a publicação, outras duas medidas vencem em breve: a MP 967, que previa gastos de R$ 5,5 bilhões, mas até agora R$ 3 bilhões permanecem nos cofres públicos, e a MP 969, que previa R$ 10 bilhões e teve 54%, ou seja, R$ 5,4 bilhões gastos até agora. Enquanto a primeira expira no dia 16 de setembro, a segunda vence no dia 17.

O CNS questiona o Ministério da Saúde sobre o cancelamento de empenhos e em que ações os recursos deixaram de ser executados.

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Brasil com mais 1.054 mortes por Covid-19 e total de óbitos chega a 113.358

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) informou, nesta sexta-feira (21), que o Brasil chegou a 113.358 mortes e 3.532.330 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia no país. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 1.054 óbitos e 30.355 novos diagnósticos de contágio.

Segundo o Conass, as unidades federativas com mais casos até o momento são São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Pará e o Distrito Federal.

Em entrevista coletiva nesta sexta, o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou que a tendência da curva epidemiológica do Brasil é de “estabilização e queda”. Porém, ele lembrou que o país vive um momento difícil e é preciso agir com força para suprimir a transmissão.

“De alguma forma, a situação no Brasil se estabilizou em termos de número de infecções detectadas por semana… Há uma clara tendência de queda em muitas partes do Brasil, mas também há áreas em que a doença segue muito prevalente e continua instável em sua transmissão”, disse o principal especialista em emergências da OMS.

“O Brasil é um país muito grande, há áreas que estão experimentando aumentos. Mas no geral, a tendência no Brasil é de estabilização ou queda. E isso precisa continuar acontecendo”, acrescentou Ryan.