Coranavírus começa a derreter aprovação de Bolsonaro, diz pesquisa XP Ipespe

Entre agentes públicos, Luiz Mandetta e o Ministério da Saúde são os mais bem vistos pela população: 68% têm avaliação positiva e 7%, negativa.

As crises de choro e as osciladas do presidente Jair Bolsonaro podem ser melhor “compreendidas” à luz das pesquisas de opinião. Segundo levantamento da XP Ipespe, a aprovação do “Capitão Corona” está derretendo à medida que avançam as infecções pelo coronavírus.

A sondagem realizada em rodada extra, entre março e abril, mostra uma continuidade na tendência de queda da avaliação positiva do governo Jair Bolsonaro e um aumento das avaliações negativas.

De acordo com a XP Ipespe, hoje 28% os que dizem considerar que o presidente tem atuação boa ou ótima, contra 42% que atribuem avaliação ruim ou péssima – os números são o menor e o maior da série histórica, respectivamente. No levantamento do início de março, eram 30% com avaliação positiva e 36% com avaliação negativa.

A mudança coincide com uma melhora na imagem do Congresso e de governadores. O Legislativo passou a ser visto como ótimo ou bom por 18% da população, contra 13% na pesquisa anterior. A avaliação negativa caiu de 44% para 32%.

Em relação aos governadores, o ótimo/bom passou de 26% para 44%, e o ruim/péssimo, de 27% para 15%.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

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A atuação dos profissionais de saúde é a que tem melhor avaliação no enfrentamento à crise. São 87% os que dizem avaliá-la como ótima ou boa.

Entre agentes públicos, Luiz Mandetta e o Ministério da Saúde são os mais bem vistos pela população: 68% têm avaliação positiva e 7%, negativa.

Para Paulo Guedes e Ministério da Economia, os números são 37% e 18%.

A ação do Congresso é ótima ou boa para 30% e ruim ou péssima para 25%, e a de Bolsonaro, positiva para 29% e negativa para 44%.

Sobre os impactos da crise nas finanças pessoais, 82% acreditam que serão afetados, sendo que metade da população relata já ter sofrido algum impacto.

Os entrevistados foram questionados ainda sobre o isolamento social preconizado pelo Ministério da Saúde: 80% concordam que esta é a melhor forma de tentar evitar a contaminação pelo vírus.

Sobre a sugestão do presidente Jair Bolsonaro de limitar o isolamento aos idosos e vulneráveis, 60% discordam parcial ou totalmente, enquanto 34% concordam com parte ou com toda a declaração. E 62% acreditam que o isolamento acabará em até cerca de 1 mês.

Clique aqui para ler a íntegra da pesquisa XP Ipespe.