Copel revela balanço financeiro após privatização

[Atualização: Copel anuncia lucro líquido de R$ 441 milhões no 3º trimestre: saúde de vaca premiada]

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) tornou-se alvo de intensa atenção nesta quinta-feira (9/11), quando irá divulgar seu primeiro balanço financeiro do trimestre após passar pelo processo de privatização e ter-se transformado em corporação.

Esse evento, marcado por controvérsias e desafios, promete revelar não apenas números, mas também os desdobramentos de uma mudança radical na estrutura e gestão da empresa.

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A privatização da Copel, realizada em agosto na bolsa de valores de São Paulo, a B3, não ocorreu sem turbulências.

A empresa, agora uma corporação, está enfrentando uma crise envolvendo cerca de 1.600 funcionários que aderiram ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) proposto pela direção.

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A estratégia do PDV atraiu cerca de 3 mil funcionários, alguns apoiando a privatização e outros enxergando nas indenizações uma oportunidade.

Contudo, a realidade pós-privatização revelou-se frustrante, com a Copel honrando o compromisso apenas com 1,4 mil trabalhadores, deixando aproximadamente 1,6 mil na incerteza.

Enquanto a Copel divulga seu balanço financeiro, os corredores da empresa ecoam de expectativas e rumores.

Economia

Na “rádio peão” do Km 3, em Curitiba, sede da Copel, circula a especulação de que a corporação almeja alcançar um lucro significativo neste trimestre, estimado em R$ 1 bilhão.

O objetivo mais ambicioso da Copel, segundo os boatos, é fechar o ano de 2023 com um lucro líquido expressivo de R$ 4 bilhões, que seriam destinados como dividendos aos acionistas.

Este cenário, se confirmado, pode desconstruir as narrativas anteriores sobre a falta de recursos para cumprir integralmente o PDV.

O cerne deste balanço financeiro repousa não apenas nos números brutos, mas nas implicações para a Copel enquanto corporação.

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A expectativa é que a divulgação forneça insights sobre a saúde financeira, eficiência operacional e a capacidade da empresa em cumprir suas metas pós-privatização.

A projeção de um lucro robusto neste trimestre poderia, de fato, questionar a narrativa de insuficiência de recursos para o PDV.

Além disso, a promessa de distribuir R$ 4 bilhões em dividendos ao final do ano poderia impactar positivamente a percepção dos acionistas e do mercado em geral – a despeito dos funcionários preteridos no programa de demissão voluntária.

Portanto, a Copel, muito provavelmente, buscará outra alegação para cumprir ou descumprir o PDV com 1,6 mil funcionários que já sofrem na alma os impactos dessa incerteza.

Você poderá acompanhar a divulgação do balanço financeiro neste link a partir das 10 horas.