Contra Dilma, britânico “Financial Times” faz coro com mídia tucana

do Brasil 247

Jornal britânico fala que o País precisa de um "choque de credibilidade", que se não for entregue pela presidente Dilma Rousseff, o será pelas eleições de outubro; editorial desta segunda-feira 5 diz que Dilma "projeta uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel", a chanceler alemã, e que os atrasos nas obras da Copa já deixaram o Brasil "constrangido"; acostumado a bater na gestão petista, jornal que já pediu a cabeça do ministro Guido Mantega aponta três desafios imediatos para o governo Dilma: "escândalo de corrupção na Petrobras", "risco crescente de escassez de energia" e "Copa do Mundo".
Jornal britânico fala que o País precisa de um “choque de credibilidade”, que se não for entregue pela presidente Dilma Rousseff, o será pelas eleições de outubro; editorial desta segunda-feira 5 diz que Dilma “projeta uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel”, a chanceler alemã, e que os atrasos nas obras da Copa já deixaram o Brasil “constrangido”; acostumado a bater na gestão petista, jornal que já pediu a cabeça do ministro Guido Mantega aponta três desafios imediatos para o governo Dilma: “escândalo de corrupção na Petrobras”, “risco crescente de escassez de energia” e “Copa do Mundo”.
“Pobre Dilma Rousseff”. Assim começa o editorial do jornal britânico Financial Times na edição desta segunda-feira 5, que, como de costume, traz duros ataques à  gestão petista no Brasil (leia aqui, em inglês). O texto compara a presidente brasileira à  chanceler alemã ao dizer que Dilma “projeta uma aura tediosa da eficiência de Angela Merkel”.

O FT prevê que, se tudo continuar como está, Dilma será derrotada nas urnas. “O país precisa de um choque de credibilidade. Se Dilma não entregá-lo, as eleições presidenciais de outubro vão”, diz o texto. Segundo o editorial, o atraso nas obras da Copa do Mudo “já deixaram o Brasil constrangido”, enquanto a preparação para as Olimpíadas de 2016 é a pior já vista pelo comitê internacional.

Para o Financial Times, o governo Dilma enfrenta hoje três desafios imediatos. “O primeiro é o escândalo de corrupção na Petrobras”, aponta, trazendo em seguida um resumo com números já desmentidos pela presidente da estatal, Graça Foster, em depoimentos no Congresso. O jornal coloca como US$ 42,5 milhões o valor que teria sido pago pela refinaria de Pasadena um ano antes de ter sido comprada pela petrolífera por US$ 1,3 bilhão. Segundo Graça, porém, o custo total foi de cerca de US$ 360 milhões.

“O segundo é o risco crescente de escassez de energia”, afirma a publicação britânica, acrescentando que os reservatórios trabalham em sua capacidade máxima e fazendo um alerta: “apagões são um risco real”. Nenhum desses problemas, no entanto, ressoou muito entre o eleitorado, continua o jornal, mas o terceiro certamente poderá: a Copa do Mundo, que possivelmente trará uma onda de protestos e pode não terminar como um sucesso de realização. O FT acredita que os brasileiros esquecerão o custo do evento se a seleção brasileira ganhar, mas se perder, “seria muito pior”.

Apesar de fazer uma série de críticas e pintar um cenário bastante negativo, o jornal parece querer dar um voto de confiança à  presidente Dilma. “Investidores e muitos brasileiros estão ficando cada vez mais incomodados com os fatos atuais, mas Dilma é, por agora, a favorita para ganhar a eleição de 5 de outubro, mesmo que alguns em seu próprio partido estejam fazendo lobby para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser o candidato em vez dela. Dilma Rousseff é conhecida por falar em vez de ouvir, mas há sinais de que ela mesma esteja reconhecendo as críticas”.

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