Comissionados negam, mas fazem campanha pró-Ducci

Os dez líderes comunitários empregados na prefeitura de Curitiba garantem que ter um cargo em comissão não significa apoio incondicional ao Exe!­cutivo e aos seus representantes. Todos dizem que foram contratados na capital para realizar funções de assessoramento de associações de bairro e clubes de mães, além de in!­!­termediar as reivindicações com o poder público. Não ha!­!­veria compromisso de apoio eleitoral.

No entanto, as declarações de alguns deles contradizem isso. A gente está conscientizado o pessoal que a gente tem que eleger o Luciano Ducci (PSB) porque os candidatos que estão vindo aí não conhecem nossa realidade!, diz, por exemplo, a presidente da União de Mulheres Líderes Comunitárias de Curitiba, Maria da Paz Basso. Ela é agente da Secretaria Muni!­cipal Extraordinária de Re!­!­lações com a Comunidade.

No ano passado, Edson Pe!­!­reira Rodrigues, conhecido como Edson Parolin!, foi multado pela Justiça Eleitoral por discursar em um evento público pedindo votos para Beto Ri!­!­cha (PSDB), que disputaria o governo em outubro. O discurso foi feito em maio, quando a campanha ainda era proibida, durante um evento de distribuição de cobertores da prefeitura de Curitiba. No mesmo evento, a atual primeira-dama do estado, Fernanda Richa, tam!­!­bém discursou e acabou multada pelo Tribunal Regio!­nal Eleitoral (TRE).

Há dez anos à  frente da associação de moradores do Parolin, Rodrigues tem na ponta da língua as várias conquistas: As!­!­falto em toda a vila, unidade de saúde em construção, armazém da família, Centro de Assis!­tên!­cia Social, três creches, uma es!­!­cola, uma academia, um campo de futebol sintético e uma vi!­!­la para carrinheiros.! Porém, ele não se ilude. Sabe que as me!­!­lho!­rias aconteceram por interesses eleitorais. O político nunca vê você. Vê o que está atrás, os vo!­!­tos que ele pode conseguir!, diz. Filiado ao PSDB, Edson Pa!­!­rolin é hoje gestor público da Companhia de Habitação Po!­!­pular de Curitiba (Cohab).

Discurso

No discurso, porém, os líderes são todos contrários a qualquer relação de dependência com o poder público. Eu sou responsável por vistoriar as ruas que precisem de tapa-buraco, acompanhar pedidos. Tudo em relação a queixas que dependam da prefeitura!, conta Luiz Carlos Saragiotto, filiado ao PSDB, presidente da Associação de Mora!­dores Jardim Florianópolis (Ca!­!­juru) e agente público na Se!­!­cretaria de Governo Municipal. Sei o que a comunidade precisa e o que prefeitura pode contribuir!, justifica Jonas Lemes dos Santos, da Associação Co!­!­munitária Andorinhas e assessor da Administração regional da Boa Vista.

Economia

Para eles, ser funcionário pú!­!­blico não significa ser condescendente com os políticos. Você não tem ideia de como eu bato na prefeitura, se for necessário!, diz Neemias Portela, presidente da Associação de Mora!­dores da Vila Autódromo e gestor público da Secretaria de Re!­!­la!­!­ções com a Comunidade. A comunidade é a que mais ganha nessa relação, ela é mais bem atendida!, defende o presidente da União das Associações de Moradores da Cidade Industrial, Iranei Fer!­nandes, contratado como gestor público da Administração regional da CIC.

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