Uma imagem vale mais do que mil palavras, diz o ditado. E é isso que essa matéria mostra: o fiasco de público no comício do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), na Boca Maldita, em Curitiba, na quarta-feira (31/08).
Em um ângulo fechado, nas transmissões de Bolsonaro, imagina-se milhares e milhares de pessoas. No entanto, ao abrir esse ângulo da máquina fotográfica ou filmadora, numa imagem aérea idônea, se vê que foi um comício esvaziado na capital paranaense.
Bolsonaro e o governador também cessante Ratinho Junior subiram no mesmo palanque, o que causou racha do PSD do Paraná. Parte da legenda não acompanhou o mandatário estadual. Veja o exemplo do prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PSD), que preferiu inaugurar um comitê de Lula na cidade Canção – enquanto Ratinho trocava afagos em público com Bolsonaro.
Em seu discurso, na Boca Maldita, Ratinho Jr. prometeu que “a maior votação do Brasil” para o Bolsonaro sairá do estado do Paraná.
Jair Bolsonaro recompensou Ratinho com um “queijo” ao afirmar que o governador tem um grande futuro pela frente.
– [Ratinho Junior] é um homem de projeção nacional, amadurece e se prepara para esse desafio – disse Bolsonaro, sugerindo que o governador poderá sucedê-lo no Palácio do Planalto a partir de 2026.
O diabo é que há um Lula no caminho de Bolsonaro. No meio do caminho tem um Lula.
Lula lidera a disputa pela Presidência da República, em 2022, e o ex-presidente aposta numa virada histórica de Roberto Requião na corrida pelo governo do Paraná.
A ausência de público no comício de Ratinho e Bolsonaro, na quarta, pode traduzir o que o ex-presidente Lula farejou ao dizer que “o voto silencioso vai eleger o companheiro Requião no Paraná“.
Nas redes sociais, onde fotos e vídeos mostram o evento com a lente aberta, estima-se duas mil pessoas que compareceram no comício “BozoRato”.
Por outro lado, no próximo dia 17 de setembro, Lula e Requião terão a oportunidade de mostrar força no comício programado na mesma Boca Maldita.
O PT do Paraná fala em realizar comício maior que o das Diretas Já, em 1984, cujo movimento derrubou a ditadura militar e devolveu a democracia ao País.
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