A Rede Globo vai utilizar neste domingo de Páscoa, 12 de abril, a hashtag #TBT (que indica nostalgia) ao exibir a final da Copa do Mundo de 2002, ano que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República pela primeira vez.
O petista, eleito em 2002, tomou possem em 1º de janeiro de 2003 e exerceu dois mandatos até 1º de janeiro de 2011. Esse período ficou conhecido como do “pleno emprego”, do consumo, do desenvolvimento e da produção, da felicidade. Foi a época que o Brasil tinha pujança e podia chamar uma crise econômica mundial de “marolinha”, enquanto o resto do mundo a classificava de “tsunami”.
Pois bem, a Globo vai mostrar um jogaço de futebol na tarde hoje, às 16h, a final da Copa de 2002, que significou a conquista do quinto título mundial da seleção brasileira e a atuação de de Ronaldo Fenômeno na narração original de Galvão Bueno.
Naquele jogo, o Brasil bateu por por 2 a 0 a Alemanha. Mas a Rede Globo, com saudades dos tempos lulistas, vai exibir na telinha o antes (os personagens da campanha do penta) e o depois (a chega dos jogadores em solo verde e amarelo).
Alemanha e o Brasil eram –e ainda são– as duas seleções que mais vezes tinham chegado a finais de Copas do Mundo se encontravam em uma decisão.
A partida em Yokohama, no Japão, aconteceu em 30 de junho de 2002.
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Com uma campanha perfeita, a seleção brasileira entrou em campo com seis vitórias em seis jogos, 16 gols marcados e apenas quatro sofridos.
O trio formado por Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho era a grande sensação daquela Copa – o Fenômeno se recuperou de uma grave lesão no joelho direito às vésperas do torneio.
Do outro lado, os alemães voltavam a uma decisão de Copa após 12 anos e, mesmo com uma campanha menos vistosa, tinham a força da camisa até então tricampeã do mundo.
A maioria das famílias brasileiras completa este domingo um mês de isolamento social com o intuito de afastar a infecção pelo coronavírus. E o jogo desta tarde ajuda a todos a esquecermos da desgraça trazida pela eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, ironicamente com a ajuda da Globo e dos jornalões que atualmente o criticam superficialmente.
A Covid-19, grosso modo, pode ser comparada com as dez pragas do Egito registrada no livro bíblico do Êxodo.
Segundo a escritura, o Deus de Israel infligiu as 10 pragas para convencer o faraó egípcio a libertar os hebreus, maltratados pela escravidão. O faraó aceitou as condições de libertação de Deus (desistiu) após a décima praga, provocando o êxodo do povo hebreu, que seguiram pelo deserto a caminho da terra de Canaã.
Nesses tempos modernos, após a eleição do falso profeta Jair Messias Bolsonaro, as dez pragas no Brasil seriam:
- Escravização do povo por meio do trabalho informal
- Desemprego crescente
- Privilégio a banqueiros e especuladores
- Escravização do povo por meio do trabalho informal
- Enchentes nos grandes centros urbanos
- Fim de aposentadoria e pensões
- Liberação recorde de agrotóxicos
- Queimada na Amazônia
- Privatizações
- Pandemia de coronavírus
Está certa a TV Globo de tentar aliviar a desgraça que ela mesmo ajudou a criar. A grade final Brasil x Alemanha, em 2002, que deu o título de Penta pode ajudar a aliviar esse momento de tristeza coletiva.
O ano de 2002 foi uma ano de “Doces Memórias” porque, além do Penta, foi o ano que Lula foi eleito presidente do Brasil.
Assista ao jogo completo Brasil 2 x 0 Alemanha:
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.