Com medo de apagão, “Bolsonaro” autoriza Selic subir em 0,75 ponto, para 4,25% ao ano

  • Bancos e banqueiros continuam no comando da nação mesmo sem nunca eles terem tido um único voto

O medo de apagão no setor elétrico fez o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, elevar novamente a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, a 4,25% ao ano, nesta quarta-feira (16/6). A medida inibe o consumo e adia perspectiva de retomada econômica no País –se é que houvesse essa intenção do governo.

O Copom não reconhece publicamente que a alta dos juros tem relação com a crise hídrica e a falta de investimentos no setor energético brasileiro. Ou seja, esse colapso antecede ao apagão que se avizinha.

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O comitê de autoridade monetária não descarta novas altas nos juros ao longo deste ano e de 2022, o que cristaliza a opção pela depressão econômica –a soma de aumento de desemprego, falência de empresas, queda na produção, baixos investimentos, carestia, dentre outras características.

Além do aumento da taxa básica de juros, decidido hoje, o governo também anunciou esta semana reajuste na tarifa de energia em até 20% para este ano. Os dois eventos são impeditivos para retomada de desenvolvimento.

Resumo da ópera: aperte os cintos porque o Brasil continua sem piloto, à deriva; ou melhor, os bancos e banqueiros continuam no comando da nação mesmo sem nunca eles terem tido um único voto.