Ricardo Mac Donald*
Quando se fala em organização do Estado, sempre se tem em mente o equilíbrio entre os Poderes e o seu funcionamento para o bem comum.
Fustel de Coulanges, em seu livro A Cidade Antiga!, demonstra que o governo nasceu quando se formaram as cidades, porque o ser humano sentiu que precisava de um órgão diretor para regular e coordenar os esforços de todos na vida em comum.
Mais de 5 mil anos se passaram, chegamos ao nosso Brasil, e surge uma grande pergunta: é certo o país suportar o custo de uma superestrutura que gasta quase 20% da receita da União e dos Estados?
Se observarmos os comparativos, regularmente apresentados pela imprensa, constatamos que o Brasil é o país que paga os melhores salários para o Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Conta. E o nivelamento nesses órgãos é feito sempre pelo teto, nunca pela base, fazendo com que as diferenças entre níveis hierárquicos seja quase simbólica.
Nota-se também que nessas superestruturas estão os melhores salários, as maiores aposentadorias, regalias como 60 dias de férias e mais 20 dias de recesso no final do ano, auxílios variados, imunidade e estabilidade de emprego.
O País é suficientemente rico para suportar esse gasto e ainda fazer frente à s questões de Saúde, Segurança, Educação e Mobilidade?
Vejamos no próximo capítulo.
*Ricardo Mac Donald Ghisi é advogado, secretário Municipal de Governo de Curitiba. Escreve à s sextas no Blog do Esmael.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.