Coluna do Ademar Traiano: Promessas de Gleisi atrasaram o Paraná

"O Paraná vai continuar melhorando a sua infraestrutura, valendo-se dos cofres estaduais para fazer cada obra", este um trecho da coluna desta quarta do deputado Ademar Traiano, líder e guru ideológico do Palácio Iguaçu; tucano afirma que o governo federal, materializado pela senadora Gleisi Hoffmann, do PT, só faz espuma, pois anuncia, faz propaganda e não cumpre nada; colunista cita como exemplo da Estrada da Boiadeira que não sai do papel, construção da nova ferrovia entre Maracaju/Paranaguá/Pontal do Paraná e investimentos no Porto de Paranaguá; "...nem mesmo o empréstimo do Proinveste foi depositado na conta do governo estadual, apesar de três liminares do STF", reclama o líder do governo Richa; leia o texto e compartilhe.
“O Paraná vai continuar melhorando a sua infraestrutura, valendo-se dos cofres estaduais para fazer cada obra”, este um trecho da coluna desta quarta do deputado Ademar Traiano, líder e guru ideológico do Palácio Iguaçu; tucano afirma que o governo federal, materializado pela senadora Gleisi Hoffmann, do PT, só faz espuma, pois anuncia, faz propaganda e não cumpre nada; colunista cita como exemplo da Estrada da Boiadeira que não sai do papel, construção da nova ferrovia entre Maracaju/Paranaguá/Pontal do Paraná e investimentos no Porto de Paranaguá; “…nem mesmo o empréstimo do Proinveste foi depositado na conta do governo estadual, apesar de três liminares do STF”, reclama o líder do governo Richa; leia o texto e compartilhe.
Ademar Traiano*

Os paranaenses têm uma qualidade que é muito elogiada no Brasil: promessa feita é promessa cumprida. Todos sabem que o fio do bigode! tem validade aqui no Paraná. Talvez por isto, vez por outra, o paranaense acaba acreditando em promessas feitas ao vento.

Nos últimos três anos, a União – sob a batuta de Gleisi Hoffmann, que chefiou a Casa Civil do governo federal – comprometeu-se com o estado em uma série de melhorias na área da infraestrutura, que não saíram do papel. Foram duplicações de rodovias federais, investimentos na modernização dos portos e a construção de uma nova linha ferroviária, que não foram e não serão concretizados em curto prazo de tempo. O que se dirá do projeto aeroviário da Infraero que até o momento é discurso e propaganda de televisão.

Todas estas demandas, pedidas pelo setor produtivo paranaense e também pela sociedade civil, foram encaminhadas ao governo federal em março de 2011. Muitas delas viraram promessas que foram dadas como certas por representantes dos ministérios e da Casa Civil. Mas, até hoje são incertezas, como é o caso da rodovia Boiadeira. Esta rodovia teve quatro datas de licitação anunciadas com muita pompa e barulho, mas nada de efetivo aconteceu.

O ritmo demorado e publicitário do governo federal também prejudicou o projeto de construção da rodovia duplicada da BR-101, cujo traçado é interrompido apenas no Paraná. Foram diversas justificativas da União, que atrasaram um projeto de extrema importância.

Hoje o estado conduz este projeto sozinho, além de ter em andamento o maior plano de duplicações de rodovias dos últimos 20 anos. Serão 267 quilômetros em obras entregues ou andamento ainda neste ano e outros 300 quilômetros que começarão em 2015.

Economia

A série de anúncios e esquecimentos da União afetou a construção da nova ferrovia entre Maracaju/Paranaguá/Pontal do Paraná. Este projeto é uma conquista do Governo do Paraná e do G7, grupo que reúne o setor produtivo. Em 2012, graças mobilização dos paranaenses, que conseguiram um traçado dentro do Estado.

A briga dos paranaenses permitiu que o Estado garantisse uma ligação importante entre as áreas produtoras de grãos do Brasil, facilitando o escoamento pelo porto de Paranaguá. Seria uma ferrovia moderna, que cruzaria e ampliaria a área de atuação da Ferroeste. Até mesmo um calendário da licitação foi anunciado pelo governo federal à  imprensa.

O assunto morreu nas entranhas da burocracia federal, mas não foi esquecido pelo governo do Estado. Para facilitar a vida dos produtores paranaenses, a Ferroeste recebeu investimentos, que permitiram adquirir mais locomotivas, além de recuperar as existentes. Por intervenção do governo estadual, o trajeto atual duplicou, graças a uma parceria, ganhando mais 250 quilômetros, levando safra do Oeste até Ponta Grossa.

Na área dos portos, os paranaenses fizeram sua lição de casa. Reuniram o setor produtivo e criaram um plano de desenvolvimento portuário. O Paraná foi primeiro estado brasileiro a estar 100% ajustado ao marco regulatório do setor e, portanto, preparado para fazer os arrendamentos de áreas. O governo federal puxou para si está responsabilidade e nada saiu do papel. Com exceção dos investimentos no exterior beneficiando os portos de Cuba e do porto projetado para o Uruguai, que devem competir com os portos brasileiros.

Diante das dificuldades, o Paraná não se encolheu e está investindo mais de R$ 470 milhões nos portos, com novos shiploaders, dragagem e melhorias na malha viária de acesso ao Porto de Paranaguá. Ao mesmo tempo aguarda as melhorias das rodovias anunciadas pelo Dnit que são tão urgentes e necessárias, mas que não se efetivaram.

Todas as promessas da União, de cifras bilionárias, estão paradas. Na área das rodovias, nem mesmo o empréstimo do Proinveste foi depositado na conta do governo estadual, apesar de três liminares do Supremo Tribunal Federal determinando a liberação desse dinheiro.

O Paraná vai continuar melhorando a sua infraestrutura, valendo-se dos cofres estaduais para fazer cada obra. Todo este processo poderia ser mais fácil se as palavras anunciadas pelos políticos federais, alguns deles candidatos a cargos públicos, não fossem apenas jogadas ao vento.

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa. Ele escreve à s quartas-feiras sobre governo e parlamento.

Deixe um comentário