Ciro Gomes chutou Bolsonaro, Moro e Lula em uma entrevista a Datena na Rádio Bandeirantes

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) sentiu a operação a PF nesta quarta-feira (12/12) contra ele e seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), ex-governador do Ceará. Eles foram alvo de busca e apreensão acerca da construção do Castelão, em Fortaleza, obra entre 2010 e 2013 para a Copa do Mundo de 2014.

Em entrevista para José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, Ciro funcionou como um metralhadora giratória. Chutou o presidente Jair Bolsonaro, que chamou de “ladrão”; colocou em dúvida a lisura do ex-juiz Sergio Moro, sugerindo que ele vendia sentença [delação premiada] e pediu que ele se manifestasse sobre isso; e disse que o ex-presidente Lula não foi declarado inocente, que sua absolvição foi devido à lambança de Moro.

Na verdade, Ciro Gomes atirou para todos os lados e se colocou numa situação tóxica –de isolamento absoluto. Ou seja, dificilmente algum desses “players” manifestarão solidariedade ao pré-candidato do PDT.

Nos bastidores da político, no entanto, se fala que a operação da Polícia Federal atendeu a interesses políticos. A ideia seria esvaziar os cinco pontos de Ciro para vitaminar a pré-candidatura de Moro, que sofre “crescimento de rabo de cavalo” nas pesquisas de intenção de voto.

Ciro Gomes divulga nota oficial sobre ação da Polícia Federal de Bolsonaro; leia a íntegra

Lula se solidaria com Ciro Gomes; que agradece a manifestação do ex-presidente Lula

Solidariedade a Ciro Gomes

O ex-senador Roberto Requião (sem partido), pré-candidato ao governo do Paraná, foi um dos poucos a estender a mão para Ciro Gomes. [Lula também se solidarizou com o pré-candidato do PDT.]

“Solidariedade absoluta a Ciro Gomes, diante da infâmia da invasão de sua casa e de absurdo inquérito aberto. O que fazem com Ciro hoje já fizeram com Lula ontem. Canalhice absoluta, verdadeira infâmia!”, escreveu Requião.

Economia

Para Requião, negar solidariedade ao Ciro neste momento e tolerar abertamente o comportamento da Polícia Federal, é demonstração clara de que o sujeito já está inoculado com o abominável vírus do Bolsonarismo. “A sociedade inteira está sendo agredida, novamente”, disse.