Ciro Gomes admite jogar a toalha na disputa pela Presidência

► Base do PDT e as seções regionais do partido brizolista torcem pela candidatura do ex-presidente Lula

O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT, admite jogar a toalha na disputa pela Presidência da República. A informação é da Folha.

Mas leitor do Blog do Esmael já soube isso antes, no post Ciro Gomes, tic-tac de sábado (16/04).

De acordo com o jornalão paulistano, Ciro enfrenta descrença na terceira via.

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Que terceira via?

Ciro afirmou que o obstáculo para a formação da terceira via chamava-se Sergio Moro, do União, mas que ele foi removido.

– Eu disse a eles que a mim repugnava a ideia de sentar com um inimigo da República como Sergio Moro. Parece que essa questão está vencida. Portanto, a única restrição que eu fazia está superada, aparentemente – disse o pedetista ao jornalão.

Economia

Não é bem assim a história contada pelo pré-candidato do PDT.

O Blog do Esmael também registrou aqui que Moro, assim como Ciro, foi submetido ao “prazo”. Ou seja, o ex-juiz recebeu a garantia do presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), de que seria candidato da agremiação se ultrapassar dois dígitos até junho – coisa de 12 pontos. O recuo de Moro foi para preservá-lo, segundo lavajatistas ouvidos por esta página.

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Tanto Ciro quanto Moro só concorrerão à Presidência se interessar à estratégia do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Tacitamente, eles comem na mão do atual mandatário.

O diabo é que a base do PDT e as seções regionais do partido brizolista torcem pela candidatura do ex-presidente Lula. Em várias plagas, os pedetistas já marcham juntos com os petistas – independentemente da pré-candidatura de Ciro Gomes, que busca uma saída honrosa da corrida presidencial.

O inquilino do Palácio do Planalto teme perder a eleição no primeiro turno, como apontam várias pesquisas de opinião. Daí, talvez, Moro e Ciro valham alguma coisa no jogo presidencial.

União, PSDB e MDB estão divididos. Parte é Bolsonaro, outra Lula. Por isso não é fácil chegar à equação ideal.

A tendência é que essas três legendas não lancem candidatos e liberem as coligações nos estados.

Portanto, Ciro tic-tac, tic-tac.