A China lutará vigorosamente contra a ‘independência de Taiwan’ e promoverá a reunificação da ilha com a pátria, de acordo com um relatório do governo divulgado no domingo na abertura da primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (órgão legislativo supremo).
“Iremos implementar com firmeza a estratégia geral do Partido para resolver a questão de Taiwan na nova era, defender firmemente o princípio de Uma China e respeitar o consenso de 1992, lutar resolutamente contra a chamada independência de Taiwan, promover o desenvolvimento pacífico das relações entre os os dois lados do Estreito de Taiwan e promover a reunificação pacífica da pátria”, disse o relatório.
Taiwan, a maior ilha da China, é governada por sua própria administração desde 1949. Pequim oficial considera a ilha uma das províncias da China.
As tensões sobre Taiwan aumentaram depois que Nancy Pelosi, que era presidente da Câmara dos Representantes dos EUA na época, visitou Taipei em agosto de 2022. No dia seguinte à visita, o Exército de Libertação do Povo Chinês iniciou exercícios em larga escala com disparos de mísseis em seis áreas ao redor a ilha.
China aumenta orçamento da defesa para 2023
A China anunciou que seu orçamento de defesa para 2023 aumentará em 7,2%, atingindo a marca de 1,5537 trilhão de yuans (US$ 224,79 bilhões).
Especialistas chineses afirmam que esse aumento é razoável e contido, considerando a necessidade do país de modernizar sua defesa nacional e lidar com as ameaças e instabilidades externas.
O país mantém um crescimento de um dígito para o orçamento de defesa pelo oitavo ano consecutivo desde 2016 e um ritmo crescente desde o início da pandemia de COVID-19 em 2020.
O aumento do orçamento de defesa reflete a confiança da China em uma recuperação econômica nacional após reivindicar uma vitória decisiva contra a epidemia de COVID-19 e estabeleceu metas para transformar totalmente as forças armadas em forças de classe mundial em meados do século XXI.
PIB da China vai crescer 5% este ano
A China estabeleceu sua meta de crescimento do PIB em cerca de 5% para 2023, enfatizando a estabilidade econômica e o crescimento de alta qualidade.
Embora seja a meta mais baixa em dezenas de anos, ainda assim, a China continuará a ser uma das principais economias de crescimento mais rápido do mundo.
Muitos economistas acreditam que a China superará a meta, apesar de enfrentar riscos e desafios externos, apontando para a recuperação acelerada do país e seus sólidos fundamentos econômicos, bem como ferramentas políticas suficientes para enfrentar esses riscos e desafios.
A meta econômica reflete a confiança dos formuladores de políticas no desempenho econômico do país este ano, já que a economia da China se recuperou em um ritmo mais rápido do que o previsto nos dois meses após o país otimizar sua resposta ao COVID-19, mas as autoridades levaram em consideração fatores potencialmente inesperados, dada a difícil situação geopolítica e a fraqueza econômica global.
LEIA TAMBÉM