A maioria dos vereadores curitibanos rejeitou no início desta noite (21) um pedido de informações formulado pela bancada de oposição sobre a composição de preços da tarifa do transporte coletivo, que subiu de R$ 2,50 para R$ 2,60 no começo do mês.
Na prática, a prefeitura da capital faz com o transporte coletivo o que sempre fez com o Instituto Curitiba de Informática, o famigerado ICI: trancafia as informações numa caixa-preta! e não dá satisfação a ninguém.
Pode até não haver nada de errado no ICI ou no transporte coletivo, mas o gesto de esconder do distinto público o que de lei lhe é assegurado deixa uma multidão desconfiada.
“à€ mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta”, ensinava Júlio César, o imperador romano.
No caso do ICI, depois de vários requerimentos rejeitados pela Câmara, o presidente da Federação das Associações de Moradores de Curitiba (Femotiba), Edson Feltrin, ingressou na Justiça para obter as informações que foram negadas aos vereadores.
O líder comunitário, que é chapa de Gustavo Fruet (PDT), conseguiu ontem uma inédita liminar que obriga a prefeitura abrir os contratos de informática em dez dias sob pena de multa diária de R$ 5 mil.
Por esse histórico de derrotas no parlamento municipal, um governista sugeriu hoje em tom de galhofa a um oposicionista: Chamem o Feltrin!!.
Ao saber da convocação!, o presidente da Femotiba avisou que também ingressará na Justiça para abrir a caixa-preta! da Urbs !“ a empresa que gerencia o transporte coletivo em Curitiba.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.