Centrais Sindicais farão 1° de Maio unificado em São Paulo contra Bolsonaro

As dez centrais sindicais brasileiras se uniram de forma inédita para a manifestação de 1º de Maio, marcada para a Praça da República, região central de São Paulo. Também participarão as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

LEIA TAMBÉM: Governo faz chantagem com o Bolsa Família pela “reforma” da Previdência

Os dirigentes destacam a necessidade de somar esforços para combater o governo Bolsonaro e suas medidas, com destaque para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6, de “reforma” da Previdência.

“O que motiva o 1º de Maio unificado é exatamente a necessidade de dar resposta a esse ambiente hostil”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, enquanto distribuía panfletos na calçada diante do Teatro Municipal.

“É um governo que defende uma agenda ultraliberal, de viés fascista, de extrema-direita, legislando interesses do grande capital”, acrescentou, lembrando que a “propaganda” oficial para a Previdência é a mesma do período do projeto que mudou a legislação trabalhista: criar empregos e impulsionar a economia, algo distante da realidade. “O que a gente assiste no curso da reforma trabalhista é o desemprego alarmante, a informalidade e o desalento.”

Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, o que poderia proporcionar crescimento econômico é uma reforma tributária. “A da Previdência é um pleito dos banqueiros, do mercado financeiro”, definiu.

Economia

Ele avalia que a união entre as centrais “é o grande feito” deste ano. “A maturidade falou mais alto. Se não tiver essa unidade, não conseguiremos enfrentar o inimigo. Isso fortalece a luta contra a reforma.” O dirigente considera que, neste momento, a PEC 6 “não passa”, mas lembra que o governo está agindo no Congresso e com o empresariado para garantir a aprovação.

O ato de 1º de Maio está previsto para ir das 10h às 18h, com a prersença de artistas – nenhum nome ainda foi confirmado. Participam da organização do evento CGTB, CSB, CTB, CSP, CUT, Força, Intersindical (duas), Nova Central e UGT, além das frentes.

As informações são da Rede Brasil Atual.