Caso Marielle: Associações de delegados repudiam declarações de Bolsonaro


Associações e sindicatos de delegados da Polícia Civil divulgaram, neste domingo(3), nota conjunta em repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após a divulgação da citação do nome dele no caso.

Bolsonaro disse que pegou os áudios das ligações realizadas entre a portaria e as casas do condomínio Vivendas da Barra antes que, segundo ele, os áudios fossem adulterados. E voltou a acusar o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), de “manipular” as investigações, insinuando direcionamento do caso e coação de testemunha. O presidente também referiu-se ao delegado responsável pelo inquérito como “muito amiguinho do governador”.

O nota de entidades ligadas à Polícia civil também reafirma o apoio ao delegado responsável pela investigação.

“Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, (o presidente) claramente ataca e tenta intimidar o Delegado de Polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade. O cargo de Chefe do Poder Executivo Federal não lhe permite cometer atentados à honra de pessoas, muito menos daquelas que, no exercício de seu múnus público, desempenham suas funções no interesse da sociedade e, não, de qualquer governo”, diz a nota conjunta.

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Assinam o documento a Associação do Delegados de Polícia do Brasil (Adepol do Brasil), a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil do Polícia Civil (Fendepol), o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) SINDELPOL-RJ, o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Amazonas (sindepol-AM) e a Associação dos Delegados de Polícia do Pará (Adepol-PA).