O grupo Folha/Uol afirma nesta quarta-feira (19/5) que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o Zero Dois, planeja uma central de espionagem no Ministério da Justiça.
Segundo a reportagem, seria criada uma espécie de “Abin Paralela”, à margem das forças armadas e da PF, para espionagem políticas. Ou seja, adversários políticos e de governo poderiam ser monitorados mesmo sem mandados judiciais.
Pois bem, mas para isso Carluxo precisaria de um software de espionagem chamado Pegasus. O equipamento está em processo de licitação no Ministério da Justiça pela “bagatela” de R$ 25,4 milhões. O valor ainda poderá ser reajustado.
O Pegasus é um programa desenvolvido pela empresa israelense NSO Group.
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De acordo com militares, que são contra a “Abin Paralela”, o Pegasus possibilita a invasão de celulares e computadores sem indicar o responsável pelo acesso.
Carluxo, filho do presidente Jair Bolsonaro, já é tido como “cérebro” do gabinete do ódio na campanha e no Palácio do Planalto.
O Pegasus pode virar uma arma política nas mãos de Carluxo, portanto.
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, acusou a família Bolsonaro de tentar privatizar o Estado para proveito próprio.
É a privatização do Estado com o controle de uma única família: o filho do presidente, que nenhum cargo possui na esfera federal, afasta ministros, interfere em licitações, etc. Tais fatos precisam ser apurados”, afirmou ao Uol.
“Segue a luta da família Bolsonaro pela ruptura do tecido institucional do nosso país”, disse Santa Cruz.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.