O presidente Jair Bolsonaro ficou em um mato sem cachorro com a prisão do prefeito Marcelo Crivella, do Rio, porque o Republicanos era uma possibilidade de partido para o mandatário concorrer à reeleição em 2022.
As derrotas eleitorais de Crivella e de Celso Russomanno, em São Paulo, já tinham arrefecido o interesse de Bolsonaro pela agremiação, mas as presenças dos filhos ainda o motivavam.
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado no caso das rachadinhas, e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), suposto chefe do gabinete do ódio no governo federal, agora planejam deixar o partido.
Com a prisão de Crivella, na manhã desta terça-feira (22), maioria dos Bolsonaro ficam sem partido político. O deputado Eduardo Bolsonaro continua filiado no PSL de São Paulo.
A derrocada do Republicanos, com a prisão do prefeito do Rio, obriga Jair, Carlos e Flávio a acelerar a busca por uma nova agremiação.
O projeto de criar o partido “Aliança pelo Brasil” bateu na trave. Nasceria sem fundos eleitorais e partidários, bem como sem tempo de propaganda no rádio e na TV.
Bolsonaro não tem sequer um partido [viável] para disputar em 2022. Aguardemos os próximos lances.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.