Caos e mortes por Covid impõem toque de recolher em Manaus entre 19h e 6h

A situação fugiu ao controle e o governador Wilson Lima (PSC) anunciou, nesta quinta-feira (14), um decreto que proíbe a circulação de pessoas em Manaus entre 19h e 6h. Todas as atividades, exceto serviços essenciais para a vida, também estarão proibidos de abrir. A medida deve valer por 10 dias, a partir da publicação do decreto, prevista ainda para hoje.

A capital amazonense enfrenta um colapso no sistema de saúde por conta do avanço dos casos de Covid-19, e sofre com hospitais e cemitérios lotados, além de falta de oxigênio nas unidade. Até esta quarta (13), mais de 5,8 mil morreram com Covid-19 no estado.

Por decisão da Justiça Federal, a capital Manaus suspendeu a prova do Enem que aconteceria neste domingo (17).

De acordo com o governador Wilson Lima, dentre as novas medidas de restrição contra a Covid, estão:

  • suspensão do transporte coletivo de passageiros entre rodovias e rios do estado;
  • fechamento de todas as atividades e circulação de pessoas entre 19h e 6h;
  • farmácias devem funcionar, entre 19h e 6h, por delivery ou sob demanda;
  • circulação de pessoas só será permitida, entre 19h e 6h, para quem trabalha em áreas estratégicas: saúde, segurança pública, imprensa.

Ainda segundo governador, o Estado entrou com uma ação na Justiça para que a empresa fornecedora de oxigênio garanta o abastecimento nas unidades de saúde em quantidade suficiente para atender a todos.

A ex-senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), emocionada, publicou um vídeo apontando a falta de firmeza do governador e da responsabilidade do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, frisou a ex-parlamentar, a hora é de solidariedade com o povo de Manaus.

Economia

Assista ao vídeo:

Covid-19: Anvisa cobra de Fiocruz e Butantan informações sobre vacinas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou informações adicionais ao Instituto Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz) sobre os pedidos de autorização de suas vacinas para o uso em caráter emergencial.

Em nota, o órgão destacou que, sem o conjunto das informações necessárias, à análise dos requerimentos de autorização não é possível cumprir o prazo estabelecido de até 10 dias.

A agência marcou para o próximo domingo (17) a reunião da sua diretoria colegiada para decidir sobre as solicitações do dois centros de pesquisa. O Instituto Butantan desenvolve a vacina CoronaVac, em parceria com a farmacêutica Sinovac. A Fiocruz firmou parceria com o consórcio do laboratório Astrazeneca e da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

No caso do Butantan, a Anvisa disse em nota que já havia solicitado o restante da documentação no sábado passado (9). Essas informações são necessárias para avaliar os resultados da eficácia do imunizante no estudo clínico na Fase 3. Também são necessários dados adicionais para aferir a imunogenicidade da vacina na Fase 3 dos estudos clínicos.

No processo de exame da vacina da Fiocruz com o consórcio Astrazeneca/Universidade de Oxford também estão faltando informações. A Anvisa informou que solicitou à instituição dados de comparabilidade, estabilidade e transporte.

Em nota, o Instituto Butantan afirmou que desde o sábado (9), quando recebeu a primeira solicitação de complementação, tem feito uma força-tarefa para apresentar os dados que ainda não foram enviados. De acordo com o comunicado, as informações serão entregues “ainda nesta semana”.