Cancela 2020: O Brasil pede socorro pelo Twitter

A situação no Brasil não é das melhores e não há perspectivas ou propostas concretas para que o país saia dessa crise em que se encontra. Isso ficou claro na tarde desta quinta-feira (16) na rede social mais política de todas, o Twitter.

A hashtag #BrasilPedeSocorro  subiu e esta entre as mais comentadas do dia. Mas não é uma ação articulada ou um movimento organizado da oposição. É desalento mesmo.

Mas é lógico que as postagens se voltam contra a falta de empatia de Jair Bolsonaro, que está se lixando para os 75 mil mortos da Covid-19 até agora.

Vejas algumas das postagens:

“75.366 Vidas perdidas, o Brasil derrama o sangue de seu povo, média de mil mortes dia, mil famílias choram todos os dias, não temos ministro da saúde, dos 40 bi destinados a pandemia 28 continuam lá intactos no bolso do Governo ?
a tag hoje é de ? #BrasilPedeSocorro” Escreveu a Conexão Petista Perfil Master.

Economia

“Por que o #BrasilPedeSocorro?

  • Porque temos um genocida no poder
  • Porque pobres morrem de fome, sem emprego e nas mãos da PM
  • Porque pagamos muitos impostos e @PauloGuedesMin quer CPMF
  • Porque Amazônia queima
  • Porque a Direita é golpista
  • Porque não aguentamos mais”

Tuitou Falquaresma:

Já a Bianca, escreveu: “O nosso pais que um dia teve a esperanca nas maos, hj se encontra acorrentado a um governo miseravel que nao sabe gerenciar uma pandemia onde a perdemos 75 mil pessoas e com isso nossa liberdade esta sendo castrada em varios paises !#BrasilPedeSocorro”

Distopia Brazil tuitou: “Mais de 75.000 mortes! Dois meses sem ministro da saúde! Uma política genocida e os militares são cúmplices!#BrasilPedeSocorro”

Rudá Morcillo tuitou: “O processo de degradação da nossa sociedade não começou ontem. Foi gradativo e lento. Um processo homeopático. No vídeo, o Bispo que não é Bispo, ensina como enganar pessoas inocentes e ainda se divertir um monte. “Ou dá, ou desce” – Edir Macedo #BrasilPedeSocorro”

O fato é que o Brasil já estava em recessão e a pandemia piorou tudo. Bolsonaro, ao tentar evitar o isolamento social, fez com que ele fosse pouco respeitado e pouco efetivo. Por isso, boa parte dos trabalhadores do pais ainda estão parados, com receio da doença.

A Charge é do Zé Dassilva.

Felipe Neto denuncia o genocídio de Bolsonaro no New York Times; assista

O blogueiro Felipe Neto fez um vídeo em inglês especialmente para o Jornal The New York Times dos EUA falando da situação da pandemia de Covid-19 nos Estados Unidos e no Brasil.

Em sua fala, Felipe mostra as semelhanças entre Trump e Bolsonaro que fizeram dos dois países os mais atingidos pela pandemia.

Assista ao vídeo com legendas, ou leia a tradução a seguir:

“Sou um ‘Youtuber’ brasileiro, faço vídeos engraçados e crio opções de entretenimento para as famílias em todo o mundo que falam português; o que, fora o Brasil, Portugal e Angola são, tipo, cinco famílias.

Mas não estou aqui hoje para brincar na frente de um novo público. E sim para falar a sério. E quando o palhaço fala sério, você sabe que o circo provavelmente está pegando fogo.

Os americanos gostam de se gabar de ser o líder mundial em tudo. “Que a América é o melhor lugar do mundo.” E desde que o surto de Covid estourou, vocês lideram as mortes pela doença.

Isso se deve em parte, é claro, graças ao seu presidente Donald Trump, que muitos de vocês afirmam ser o pior chefe de estado do mundo democrático hoje. Bem, vou mostrar que os 200 milhões brasileiros venceram neste caso.

OK, no momento, somos apenas o segundo em mortes, mas tenho certeza de que nosso líder, Jair Bolsonaro, é o pior presidente da Covid no mundo. Bolsonaro é um militar que defendeu o uso de tortura sob a ditadura do Brasil.

Ele chegou à presidência usando declarações como esta: [Um vídeo mostra Bolsonaro segurando um pedestal de câmera como se fosse uma metralhadora e gritando: “Vamos metralhar a petezada” Em outro vídeo Bolsonaro diz que é homofóbico com muito orgulho].

Preciso dizer mais alguma coisa ou você entendeu? O Brasil é o país em que a Covid-19 mais cresce no mundo.

A Organização Mundial da Saúde considera o Brasil o novo epicentro da pandemia. Ainda assim, Bolsonaro não mostra sinais de levar a crise a sério. Em suma, ele faz Donald Trump parecer ‘Patch Adams’ (um médico bondoso). Desde o início da crise, ele não parou de sair às ruas, incentivando outros a fazerem o mesmo.

Vocês ficaram chateados por causa de um mísero comício de Trump em Tulsa, três meses após o surto nos EUA. Mas Bolsonaro faz isso o tempo todo. Ele vai a manifestações contra o Congresso. Ele vai a manifestações pedindo intervenção militar. Ele vai a mercados urbanos lotados. Ele vai a cerimônias militares. Ele faz churrasco pulando em um jet ski. Ele vai a protestos contra a Suprema Corte.

Isso tudo seria nojento, mesmo sem a pandemia. Assim como Trump, Bolsonaro justifica suas ações professando acreditar em curas milagrosas.

Para começar, os dois estão obcecados com a hidro…  hidrocloq… hidrocloroqui… Ah, cale a boca, eu sou brasileiro. Ambos estão obcecados com um medicamento do qual não há evidências de que funcione contra a doença.

Mas há uma grande diferença entre Trump falando sobre isso em entrevistas coletivas e o que nosso cara está fazendo. Bolsonaro pediu às autoridades de saúde que mudassem à força a bula oficial da cloroquina para incluir o coronavírus como uma de suas indicações.

Ele também está usando o laboratório do exército para produzir a cloroquina, enquanto os hospitais públicos enfrentam a escassez de outras medicamentos, como sedativos e analgésicos. Bolsonaro também combate contra qualquer autoridade pública que promova a segurança.

Ele demitiu um ministro da saúde depois de insistir que a quarentena era uma coisa boa. Ele demitiu o ministro da saúde seguinte depois que ele se recusar a prescrever cloroquina a todos os pacientes de Covid. Ele então colocou um militar no ministério da saúde e demitiu a maioria da equipe técnica que estava lá há anos. Ele também está tentando incitar a violência.

Em abril, ele realizou uma reunião ministerial na qual disse: “Como é fácil impor uma ditadura neste País. Por isso que eu quero que o povo se arme, pois é a garantia que não vai ter um filho da puta que vai aparecer para impor uma ditadura aqui.” E ele não parou de falar. Ele também tomou algumas medidas alguns dias depois, aumentando os limites de quantidade de munição que podemos comprar e eliminando todos os regulamentos sobre armas.

Por fim, com o agravamento da crise, Bolsonaro começou a zombar dos mortos e de suas famílias. Quando o Brasil chegou a 2.500 mortos, um repórter pediu uma declaração e sua resposta foi: “Eu não sou coveiro.” Quando chegamos a 5.000 mortos foi: “E daí? Lamento, quer que faça o quê?” Quando o número de mortos chegou a 30.000 foi: “Lamento, mas é o destino de todo mundo.” Quando chegamos a 50.000 mortos, ele ficou musical (mostra o sanfoneiro tocando a Ave Maria completamente desafinado. Quando chegamos a 60.000, ele não disse nada, o que provavelmente foi o melhor.

É tão feio que até Donald Trump admite que não estamos indo bem: “Pergunte a eles como estão indo no Brasil. Ele é um grande amigo meu. Não é bom.” Mas há algo mais que Trump diz que gostaria de mostras para vocês: Trump chama Bolsonaro de um bom amigo, e essa amizade é crucial para Bolsonaro manter sua popularidade. Isso legitima Bolsonaro.

Vocês são o líder mundial em mortes por Covid e, agora, estão nos conduzindo ao abismo. O presidente de vocês tem poucos operadores pelo mundo. E nós somos os danos colaterais deles.

Portanto, se você está se perguntando o que pode fazer para ajudar o Brasil a lidar com nossos lunáticos, não reeleja o seu. Em novembro, vote para manter Trump fora da Casa Branca.

Assista ao vídeo com o original em inglês:

O Jornal escreveu: “Os americanos podem pensar que ninguém está lidando com o coronavírus pior do que o presidente Trump. Mas @felipeneto mostra que o presidente Bolsonaro do Brasil é pior, muito pior.”

Resumidamente, Felipe Neto pede para os americanos não votarem em Trump; pois, se ele não for reeleito, o poder de Bolsonaro diminui, assim como as suas chances de reeleição.

O vídeo foi publicado na seção de opinião do jornal The New York Times

Cloroquina: Deputado petista aciona PGR contra Bolsonaro por improbidade administrativa

O deputado Rogério Correia (PT-MG) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o presidente Jair Bolsonaro, pela prática de improbidade administrativa. Na ação, o parlamentar afirma que o presidente praticou o delito ao ter determinado que o laboratório do Exército aumentasse substancialmente a produção da hidroxicloroquina (ou cloroquina) para tratamento da Covid-19, sem qualquer amparo médico-científico.

Segundo o parlamentar, a ação do presidente indica “a prática de ato de improbidade administrativa que resulta em grave dano ao erário, em razão dos indícios de aumento indiscriminado de produção da cloroquina e hidroxicloroquina, além do superfaturamento e compra, mediante dispensa de licitação, da matéria prima para sua fabricação”.

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Rogério Correia lembra na representação que, por ordem expressa de Bolsonaro, a produção do medicamento nos últimos meses foi aumentada 84 vezes em relação ao mesmo período compreendido entre os anos de 2017 e 2019, mesmo sem nenhuma comprovação científica ou de organizações médicas que atestassem a eficácia da cloroquina.

O parlamentar denuncia ainda que o Exército pagou um valor seis vezes maior pela matéria prima, destinada à fabricação do medicamento, do que era pago anteriormente. “Os fatos narrados também indicam que o ora requerido dispensou indevidamente a licitação para a aquisição da matéria prima do medicamento que não possui qualquer evidência de eficácia, contrariando, também, as normas estabelecidas pelo Art. 10, inciso VIII da Lei de Improbidade”, aponta a ação.

Ele diz ainda que “a situação supracitada acarreta em injustificável e gravíssimo dano ao erário público, que se agrava ainda mais pelo momento de histórica crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19”, afirma o petista.

Na representação, o parlamentar lembra que desde o início da pandemia no País Bolsonaro tenta promover uma suposta eficiência da hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19. Segundo o petista, esse foi um dos motivos que ocasionou a demissão de dois ministro da Saúde em plena pandemia. Em entrevistas após terem deixado o governo, os dois ex-ministros revelaram em entrevistas que saíram porque não concordaram com a pressão de Bolsonaro para reconhecerem o medicamento no protocolo do SUS, para o tratamento da Covid-19.

Charlatanismo e impessoalidade
O parlamentar ainda acusa o presidente de praticar o crime de charlatanismo ao aparecer em público, após ter testado positivo para o novo coronavírus, fazendo uso e incentivando o consumo da cloroquina para tratamento da Covid-19, sem apresentar nenhuma evidência científica. “Por volta das 17h (de terça-feira) tomei um comprimido de cloroquina. Recomendo que você faça a mesma coisa. Sempre orientado pelo médico. É um testemunho meu: tomei e deu certo, estou muito bem”, disse o presidente da República durante sua live semanal, visualizada por cerca de 1,6 milhão de pessoas.

Para Rogério Correia, tal atitude é prevista no artigo 283, do Código Penal Brasileiro. Segundo ele, a norma tem como objetivo “punir aquele que, sendo médico ou não, se promove à custa de métodos questionáveis e perigosos de curar pessoas, de maneira oculta ou ignorada do paciente e do poder público, além de divulgar mecanismos inverídicos de cura, visto não existir nada infalível quando se trata de cura de enfermidades”.

Ainda de acordo com o deputado, ao fazer propaganda do medicamento o presidente Bolsonaro também violou o princípio constitucional da impessoalidade. Na mesma live em que exalta as qualidade da cloroquina, Bolsonaro apresenta a caixa do medicamento fabricado pela empresa SEM, que integra o grupo empresarial de Carlos Sanchez. O empresário, que também é dono do Laboratório Germed, é apontado pela imprensa como um apoiador do presidente e já se reuniu duas vezes com o próprio Bolsonaro durante a atual pandemia.

Dados sobre a produção de cloroquina
Em outra representação, Rogério Correia entrou com um mandado de segurança, com pedido liminar, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para obter informações imediatas junto ao ministério da Defesa sobre a produção e distribuição da hidroxicloroquina. O parlamentar lembra nesta ação que solicitou esses dados desde o dia 23/06, ao Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército, via requerimento aprovado na Comissão Externa da Câmara Destinada a Acompanhar as Ações Preventivas ao Coronavírus no Brasil. Porém, até hoje não foi atendido.

Segundo Rogério Correia, a omissão na prestação de informações está atrapalhando o seu trabalho de controle das medidas públicas adotadas pelo governo, conforme determina o artigo 45 da Constituição Federal. O deputado diz ainda que a atitude de sonegar informações é ilegal porque fere o “direito líquido e certo” garantido na Constituição Federal (art. 5º, XXXIII da CF) e na Lei que regula o acesso a informações no âmbito da administração pública (Lei 12.527/11).

O parlamentar lembra que, mesmo sem comprovação científica, a produção desenfreada do medicamento já ocasiona um estoque nos laboratórios do Exército de 1,8 milhão de comprimidos. O montante é muito superior à demanda média de 100 mil comprimidos, segundo dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogaria (Abrafarma).

O deputado petista pede que sejam esclarecidas as seguintes questões:
a) as ordens e procedimentos que determinaram a produção da Cloroquina nos laboratórios das Forças Armadas, e a respectiva indicação da data de início de sua produção;

b) informado o parâmetro científico utilizado para embasar a produção em larga escala da Cloroquina, com a apresentação de comprovação fática da efetividade da utilização do mencionado medicamento;

c) informado qual o volume, até o presente momento, já produzido do medicamento, e se já houve distribuição a hospitais. Em caso afirmativo, requer seja informado quais hospitais receberam remessas do remédio, e em que proporção;

d) esclarecido o montante gasto com a produção do medicamento.
Segundo o parlamentar, as informações são necessárias para “verificar o embasamento técnico que autorizou a produção em larga escala de cloroquina pelo governo federal, bem como a real efetividade da aplicação de tal medicamento àqueles enfermos pela Covid-19, que, destaca-se, geraram ônus financeiro significativo aos cofres públicos”.

Veja as ações na íntegra:

Representação – ROGERIO CORREIA x Bolsonaro

MS – ROGERIO CORREIA x Min. Defesa

A informação é do PT na Câmara.

Covid-19: Maioria é contra reabertura do comércio, diz pesquisa da CNI

A maioria da população brasileira é contrária à reabertura do comércio. A reprovação varia segundo o tipo de estabelecimento, variando de 57% para salões de beleza a 86% para cinemas e teatros. Segundo a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Apesar das cenas de bares lotados no Rio de Janeiro e filas para entrada em shoppings em São Paulo, 69% se dizem contrários a reabertura desses estabelecimentos.

Há divisão apenas em relação ao comércio de rua: 49% se dizem favoráveis à reabertura e 47%, contrários -um empate, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais.

A pesquisa foi feita por telefone entre os dias 10 e 13 de julho. Foram entrevistadas 2.009 pessoas em todo o Brasil.

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A reprovação ajuda a entender o movimento baixo observado desde que estados e municípios começaram a flexibilizar a quarentena imposta para conter o avanço do novo coronavírus.

Na capital paulista, o número de frequentadores de bares e restaurantes foi tímido na reabertura, como mostrou reportagem do jornal Folha de São Paulo. Segundo Percival Maricato, presidente da associação de bares e restaurantes de São Paulo, o movimento registrado nos últimos dias ficou em média 20% do que era antes da quarentena.

Pesquisa do IBGE mostra que, mesmo com a reabertura, houve queda de 7,2% das vendas do comércio em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, o pior desempenho desde 2016. O nível também ficou 7,3% abaixo do observado em fevereiro, último mês em que as atividades não foram afetadas pela pandemia.

*Com informações da Folha de São Paulo.