Caminhoneiros escolhem Bolsonaro para malhar como Judas

Neste sábado (20) é dia de malhar o Judas. E os caminhoneiros brasileiros já escolheram como maior traidor da categoria o presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro jurou que atenderia a principal demanda os caminhoneiros — conter os aumentos abusivos no preço do diesel — mas não cumpriu.

O capitão até tentou fingir que controlaria os combustíveis, mas ele acabou enquadrado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e por setores da mídia que advogam pelos especuladores do mercado.

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Nesta quarta-feira (17), o governo rompeu qualquer possibilidade de conter a ganância e o roubo ao estipular novo aumento do diesel. Somente neste ano, deste a posse de Bolsonaro, o óleo diesel subiu 24,22%.

Como vingança, os caminhoneiros prometem ‘malhar o Judas’ Bolsonaro — neste sábado — e promover greve nacional no próximo dia 21 de maio. O WhatsApp é o principal aplicativo que os profissionais da estrada utilizam para se mobilizar.

Economia

Sobre a tradicional malhação de Judas

A Malhação de Judas é uma festa popular que representa a morte de Judas Iscariotes, o discípulo que traiu Jesus Cristo.

No Brasil, por exemplo, a comemoração da Malhação de Judas é feita a partir da confecção de bonecos de pano (ou de outros materiais), com as feições de personalidades que desagradam a população por seus atos incorretos.

Logo a seguir, as pessoas se reúnem para “malhar o Judas”, ou seja, “torturar” o boneco das mais diversas formas, seja pendurando enforcado em árvores ou queimando em grandes fogueiras.

Este ato é visto como uma “vingança popular” contra a traição feita por Judas a Jesus Cristo.