Caiu na rede: Bolsonaro faz propaganda da ‘Cloroquina Patriota’; assista

O governo Bolsonaro é uma piada trágica, sem a mínima graça. Por isso que os humoristas são tão importantes nesse momento, para que a gente possa pelo menos rir de tanta desgraça.

Bruno Sartori produziu essa peça genial, parodiando as propagandas que aparecem nos programas de televisão matinais voltados para as “donas de casa”.

Uma senhora Bolsonaro faz propaganda da ‘Cloroquina Patriota’. “Quer ficar com uma pela maravilhosa?” Pergunta uma das apresentadoras. A senhora Bolsonaro responde:

“Isso mesmo, Cristina, o novo Coronavírus está com os dias contados com a Hidroxicloroquina Patriota. É bom para o coração, para a memória…”

A promoção de venda do medicamento é “somente” para os primeiros 220 milhões de brasileiros. Assista:

Economia

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O presidente Jair Bolsonaro tem 40% de aprovação e 47% de desaprovação, segundo pesquisa DataPoder360 divulgada nesta quinta-feira (9.jul.2020). Os números se mantiveram estáveis, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais.

Há 15 dias, segundo o último levantamento, 41% aprovavam a administração federal e 49% desaprovavam. De lá para cá, Bolsonaro evitou proferir ataques a adversários e fazer declarações controversas a jornalistas na porta do Palácio da Alvorada. A última vez que o presidente falou no “cercadinho” de proteção da portaria da residência oficial da Presidência foi em 9 de junho.

O novo estudo do DataPoder360 começou a ser realizado na 2ª feira (6.jul.2020), dia em que o presidente revelou ter sintomas da covid-19 –doença causada pelo novo coronavírus– e que iria fazer o exame. A divisão de estudos estatísticos do Poder360 seguiu com as entrevistas até 4ª feira (8.jul.2020).

Na 3ª feira (7.jul.2020), o presidente confirmou que seu teste deu positivo e afirmou estar tomando hidroxicloroquina para tratar a doença. Ou seja, o levantamento já captou o possível efeito da revelação sobre a enfermidade.

A pesquisa também indica que o episódio da nomeação de Carlos Alberto Decotelli para a pasta da Educação não teve impacto sobre o governo nos últimos 15 dias. Nomeado em 25 de junho, o ex-presidente do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação) ficou 5 dias no cargo depois ter seu currículo alvo de controvérsias.

Quando se leva em conta o rendimento dos entrevistados, a taxa de aprovação mais alta é no grupo dos desempregados e sem renda fixa (49%) –justamente quem recebe o auxílio emergencial. Há 15 dias, a aprovação dentro desse grupo era de 44%. A alta de 4 pontos percentuais veio depois da prorrogação do benefício por mais 2 meses.

A desaprovação é maior entre os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (69%).

A pesquisa foi realizada de 6 a 8 de julho de 2020 pelo DataPoder360, divisão de estudos estatísticos do Poder360, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Conheça mais sobre a metodologia lendo este texto.

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TRABALHO DE BOLSONARO
O DataPoder360 também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A avaliação positiva do desempenho pessoal de Bolsonaro é a mesma de 15 dias atrás: 29%.

Também permaneceu em 20% o percentual de pessoas que consideram a atuação de Bolsonaro regular.

A rejeição do presidente se manteve alta. Em 15 dias, o percentual daqueles que consideram o governo como “ruim” ou “péssimo” passou de 48% para 46%, com variação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

Quem mais rejeita e aprova?

  • avaliam positivamente: homens (34%), moradores da região Norte (40%), e desempregados e sem renda fixa (34%);
  • avaliam negativamente: mulheres (48%), nordestinos (50%), pessoas com ensino superior (58%) e os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (58%).

ESTRATIFICAÇÃO POR RENDA
O quadro a seguir mostra como cada classe socioeconômica avalia o presidente ao longo do tempo. Os melhores desempenho de Bolsonaro (assim como de seu governo) são entre os mais pobres (ou seja, os desempregados e sem renda fixa). Houve alta de 3 pontos percentuais nesse grupo em 15 dias, também depois da prorrogação do auxílio emergencial.

OS 20% QUE ACHAM REGULAR
O DataPoder360 ainda mostra para onde vão os que acham o trabalho de Bolsonaro regular (20%). O cruzamento dos dados indica que nesse grupo 42% aprovam o governo e 28% desaprovam.

Há 1 mês, entre os que consideram o desemprenho do presidente regular, a aprovação era de 59%.

As informações são do site Poder360.