Cada deputado do PMDB quer R$ 700 mil para apoiar reeleição de Beto Richa

Apoio da bancada do PMDB à  reeleição de Richa, segundo deputado ouvido pelo blog, estaria condicionado à  liberação de emenda parlamentar individual de R$ 700 mil; peemedebistas prometem entregar a cabeça de Gleisi e Requião ao governador tucano; sublevação, na semana passada, durante votação de autorização para venda de ações da Sanepar, teria sido apenas um recado ao Palácio Iguaçu.
Apoio da bancada do PMDB à  reeleição de Richa, segundo deputado ouvido pelo blog, estaria condicionado à  liberação de emenda parlamentar individual de R$ 700 mil; peemedebistas prometem entregar a cabeça de Gleisi e Requião ao governador tucano; sublevação, na semana passada, durante votação de autorização para venda de ações da Sanepar, teria sido apenas um recado ao Palácio Iguaçu.
Na semana passada houve uma reunião secreta entre a bancada “sublevada” do PMDB, na Assembleia Legislativa do Paraná, e operadores do Palácio Iguaçu. Na pauta do encontro, chorumelas dos parlamentares que reclamaram “calote” do governador Beto Richa (PSDB), que não teria cumprido acordos firmados desde que eles passaram integrar oficialmente sua base de sustentação.

Os deputados peemedebistas também discutiram apoio à  reeleição ao tucano, mas condicionaram a tarefa de “tratorar” a candidatura própria ou coligação do partido com outra agremiação — leia-se PT — à  liberação de emendas parlamentares individuais no valor de R$ 700 mil.

Com o novo desenho dos estrategistas da bancada do PMDB, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, não teria chance de apoio do partido. O senador Roberto Requião, igualmente, poderia dar tchau à  possibilidade de disputar o governo do Paraná. Os parlamentares juram que têm a anuência da direção nacional do PMDB e vendem o sonho de uma dobradinha “Richa-Dilma”, uma espécie de bolada nas costas do senador tucano Aécio Neves.

A pergunta é: teriam os deputados estaduais peemedebistas capacidade de entregar o que prometem a Richa? A história diz que não, haja vista o resultado do imbróglio, ocorrido em 2012, envolvendo os ex-prefeitos Luciano Ducci (PSB) e Rafael Greca (PMDB). Este último, aliado de Requião, venceu a peleja.

Os deputados do PMDB estão mesmo é de olho no PAM (Plano de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios) do governador Beto Richa. Na convenção partidária, em junho do ano que vem, a conversa será outra, pois eles terão um choque de realidade sobre as chances de serem reeleitos. Numa composição na proporcional com o PSDB, calculam os mais experientes matemáticos, a bancada peemedebista seria reduzida a seis (hoje são 13 deputados). O PT não quer saber deles. O que sobra, então? Um doce para quem adivinhar!¦

Deixe um comentário