Brasil tem quase 56 mil mortos e 46.860 novos casos de Covid-19 em 26/06

O Brasil teve o segundo dia com maior número de novos casos de covid-19 registrados no balanço divulgado hoje (26) pelo ministério da Saúde. Foram 46.860 pessoas infectadas adicionadas às estatísticas.

A marca foi superada apenas pela última sexta-feira (19), quando a soma das 24 horas atingiu o recorde de 54.771 novas notificações. Com isso, o total subiu para 1.274.974 de casos confirmados, mantendo a segunda colocação no ranking mundial, atrás apenas dos Estados Unidos.

Ou seja, nada leva a crer que a pandemia esteja perto do fim ou do “achatamento da curva” no País.

O número de novas mortes em razão da pandemia do novo coronavírus foi de 990; levando o total a 55.961 óbitos desde o início da pandemia. A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 4,4%. A mortalidade (quantidade de óbitos pela população) atingiu 26,6%. A incidência dos casos de covid-19 no país é de 606.7%.

O balanço do Ministério da Saúde aponta 521.487 pacientes ainda em observação, enquanto o total de recuperados desde o início da pandemia totaliza 697.526.

Estados
Os estados com maior número de óbitos são São Paulo (13.966), Rio de Janeiro (9.587), Ceará (5.920), Pará (4.803) e Pernambuco (4.610). Ainda figuram entre os estados com altos índices de vítimas em função da pandemia Amazonas (2.739), Maranhão (1.906), Bahia (1.642), Espírito Santo (1.507), Alagoas (975) e Paraíba (864).

Economia

Confira os números dos estados:

Com informações da Agência Brasil. 

Coronavírus: banqueiro quer reduzir salário de funcionário em home office

O banqueiro Sérgio Rial, que presidente o Santander, pode ganhar o título de “Gafanhoto do Ano 2020” devido a proposta dele para reduzir parte do salário do funcionário que, em tempos de pandemia, trabalha remotamente em home office. Como alternativa, Rial ainda propõe que os trabalhadores abdiquem de benefícios como vale-refeição.

Rial foi entrevistado pelo estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, numa transmissão ao vivo (live), promovida pelo próprio banco Santander.

O presidente do Santander afirmou que essa abdicação voluntária de benefícios ou parte do salário faria sentido para o funcionário que optasse pelo trabalho remoto, uma vez que gastaria menos tempo e dinheiro para ir até a empresa.

“Se tudo isso te poupa tempo, você deixa de gastar com combustível, tua vida fica mais fácil até sob o ponto de vista econômico, por que não dividir algumas coisas dessas com a empresa? Por que não pode ser um voluntário com a abdicação de algum benefício, de algum salário? Desde que seja voluntário”, disse o banqueiro.

“E vocês preocupados com gafanhotos?”, ironizou o escritor Ricardo Semer, membro e ex-presidente da Associação Juízes para a Democracia.

Segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, cerca de 200 mil bancários foram para o teletrabalho neste momento de pandemia. E muitos não devem voltar a trabalhar nos escritórios e agências. Alegando economia e aumento de produtividade, os bancos planejam adotar o regime de home office permanente para milhares de funcionários após a crise sanitária.

Para a entidade, a manutenção desse tipo de regime deve ser discutida com seriedade e respeito aos direitos trabalhistas.

Há também uma discussão quanto ao pagamento do vale-refeição aos funcionários do home office, os benefícios dos quais Sérgio Rial falou, além de como serão identificados e prevenidos os casos de acidente de trabalho na residência.

Os banqueiros alegam que o teletrabalho melhorou o desempenho dos trabalhadores. Mas o sindicato acredita que esse aumento de produtividade está relacionado à cobrança das metas e ao receio de desemprego no período pós-pandemia.

Após a repercussão da entrevista de seu presidente, por meio de nota, o Santander esclareceu que, “embora o sistema de home office a ser adotado pela organização esteja em definição, a hipótese de reduções na remuneração dos funcionários está absolutamente fora de questão neste contexto”.

O presidente do Santander, por antecipação, já ganhou o título de Gafanhoto do Ano de 2020.

Assista a íntegra da entrevista com o presidente do Santander:

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Porra, Guedes, não dá para reduzir o auxílio emergencial a R$ 300

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tal qual o vendedor de óleo de capivara, afirmou nesta quinta-feira (26) à noite que o governo vai reduzir o auxílio emergencial em mais três parcelas decrescentes de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.

Ao reduzir o já minguado auxílio emergencial, o ministro da Economia joga contra a ideia de injetar dinheiro na economia para sairmos da depressão econômica, estimular o consumo, o emprego e a produção.

Pela lógica de Guedes, a redução do auxílio emergencial ajudaria o tesouro a reforçar o superávit primário para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, qual seja, aumentar a concentração do dinheiro nas mãos dos bancos.

A pandemia, Guedes, se combate com desenvolvimento e dinheiro para as pessoas ficaram em casa –quando possível.

Se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) delegou a economia para seu “Posto Ipiranga”, isto é, para Guedes, a política ficou a cargo de seu guru ideológico Olavo de Carvalho, que ontem emplacou o ministro Carlos Decotelli como substituto de Abraham Weintraub no Ministério da Educação (MEC).

Bolsonaro não manda nada. Contenta-se com a figura de bobalhão da República, que vende o almoço para comprar a janta. É um lúmpen-presidente apoiado pelo lúmpen-empresariado, alguns lúmpens-congressistas e lúmpens-eleitores. Eles, em comum, não têm uma visão de nação nem perspectiva coletiva.

Afinal, o que seria um lúmpen?

Pela filosofia marxista, são pessoas desprovidas de consciência política e de classe, sendo, portanto, suscetíveis de servir aos interesses da burguesia [paulistana] –a classe social que comanda a superestrutura.

Karl Marx e Friedrich Engels, em A Ideologia alemã (1845), explicam que lúmpens são aqueles que nada contribuem para a produção, dedicados a atividades marginais, como prostitutas, ladrões, etc. Hoje, poderíamos acrescer os especuladores e aproveitadores do erário.

Após essa divagação, Guedes, porra, não dá para concordar com a redução do auxílio emergencial para R$ 300.