Bolsonaro volta atacar Doria na ‘guerra da vacina’: ‘Nanico projeto de ditador’

A guerra desatada pelo presidente Jair Bolsonaro contra a SinoVac, vacina de origem chinesa, mas que será produzida pelo Instituto Butantan, renomada instituição científica vinculada ao governo paulista, teve um novo capítulo com os ataques desferidos, nesta quinta-feira (22), contra o governador paulista João Doria (PSDB).

Bolsonaro, diante de apoiadores na frente do Palácio do Planalto, tascou a pecha de ditador no tucano Doria, politizando a questão da vacina contra o Sars-Cov-2. “Realmente, impor medidas autoritárias, só para esses nanicos projetos de ditadores, como esse cara de São Paulo aí”, atacou o presidente.

O presidente acrescentou ainda: “Então, não ouvi dizer, e acho que vocês também, nenhum chefe de Estado do mundo dizendo que iria impor a vacina quando ela tiver. É quase uma maneira de levar terror junto à população. Até porque, impor uma vacina que não tem um certo tempo de comprovação científica, fica muito difícil”, afirmou.

Bolsonaro acusou o governador paulista de levar pânico à população: “Quando esse governador fala, em vídeo, que ele iria obrigar 40 milhões de paulistas a tomar a vacina, ele causa pânico nesse pessoal”.

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O presidente Bolsonaro informou também que “tudo será esclarecido hoje”. É possível que ele aborde a questão durante a live desta quinta-feira à noite.

Nas redes sociais, apoiadores de extrema-direita de Bolsonaro acusam o general Eduardo Pazuello, que o ocupa o Ministério da Saúde, de “traição”.