Bolsonaro terá supersalário de R$ 60 mil, mas defende corte de 50% para servidores públicos

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) terá um supersalário de R$ 60.236,15 a partir do ano que vem, embora ele defenda redução em até 50% nos salários dos demais mortais servidores públicos.

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“O presidente que declarou que os brasileiros terão que escolher entre direitos ou emprego vai acumular dois super-salários e não abrirá mão de nenhuma regalia. O discurso de enxugar a máquina passa apenas pelos direitos dos mais pobres”, disparou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

De acordo com o senador petista, a cifra ultrapassa R$ 60 mil porque, a partir de janeiro, Bolsonaro estará apto a se aposentar pelo antigo Instituto de Previdência dos Congressistas (ICP) e poderá receber da Câmara R$ 29.301,41 mais o salário de presidente de R$ 30.934,70.

A aposentadoria não conta para fins de cálculo do teto constitucional, que proíbe vencimentos acima dos R$ 39,3 mil dos ministros do STF.

“Jair Bolsonaro emulou na eleição o discurso de Fernando Collor contra os marajás, mas o contracheque dele será um dos mais gordos da Esplanada: R$ 60.236,15”, denunciou o jornalista Lauro Jardim, colunista n’O Globo.

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