Bolsonaro tenta distensionar dizendo que vai disputar o Senado em 2026 enquanto mantém seus olhos no Palácio do Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem tentado amenizar as tensões políticas e jurídicas ao espalhar que irá concorrer ao Senado em 2026, enquanto continua a almejar o Palácio do Planalto. Ele sonha voltar à cadeira de presidente da República. Sua verdadeira batalha agora é contra as possíveis ações que o tornariam inelegível, decorrentes dos abusos e excessos cometidos durante seu governo.

O que você precisa saber sobre a jogada da família Bolsonaro

  • Bolsonaro busca destensionar politica e juridicamente;
  • Planeja candidatura ao Senado em 2026 em Mato Grosso, Rondônia e DF;
  • Objetivo é liderar bloco de parlamentares alinhados com suas ideias;
  • São Paulo pode ver tentativa de Eduardo e Michelle concorrerem;
  • Projeto só será realizado se Bolsonaro estiver em condições jurídicas de concorrer;
  • Carlos Bolsonaro anuncia não cuidará mais das redes sociais do pai.

Bolsonaro planeja sua candidatura em estados como Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal, onde o bolsonarismo é mais forte, com o objetivo de liderar um grupo de parlamentares alinhados com suas ideias. No Rio de Janeiro, seu filho Flávio Bolsonaro deve concorrer, descartando a opção para o ex-presidente. Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro, outro de seus filhos, pode concorrer pelo estado de São Paulo, e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também pode buscar uma cadeira na Casa.

Economia

O plano do ex-presidente é liderar um bloco no Senado, com seus familiares e aliados como Damares Alves, Rogério Marinho, Jorge Seif e Marcos Pontes, caso seu grupo vença. No entanto, este projeto só poderá ser realizado se Bolsonaro estiver em condições jurídicas de concorrer em 2026, já que existem atualmente 16 ações de investigação contra ele que podem torná-lo inelegível.

Para despistar suas verdadeiras intenções de voltar à Presidência da República em 2026, Bolsonaro pediu que seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, anunciasse que não cuidará mais de suas redes sociais. Carlos é considerado uma figura importante na articulação da presença do ex-presidente nas redes sociais e foi apontado como um dos chefes do “gabinete do ódio”. Ele também é alvo de uma investigação do Ministério Público do Rio por movimentações financeiras suspeitas de funcionários de seu gabinete que não compareciam ao trabalho.

Natal Foz

Nesse sentido, é importante salientar que Bolsonaro está planejando sua campanha eleitoral de forma estratégica, de olho no Palácio do Planalto, no entanto, ele está focando em estados onde sua base é forte e tentando criar um bloco no Senado que possa ser favorável a suas ideias. Porém, sua situação jurídica é incerta, com diversas ações pendentes contra ele, o que pode dificultar sua candidatura em 2026.

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