Bolsonaro se assusta com reprovação recorde no Datafolha

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) levou um tremendo susto ao tomar conhecimento da reprovação recorde na pesquisa Datafolha.

Segundo o instituto, 38% dos brasileiros reprovam o governo. O índice negativo subiu cinco pontos em menos dois meses. Em julho, Bolsonaro era reprovado por 33%.

O Datafolha mostra que a imagem de Bolsonaro se deteriorou com velocidade incrível logo após a aprovação da reforma da previdência na Câmara.

A Folha, que divulgou a pesquisa nesta segunda-feira (2), também enumera as polêmicas que degringolaram a imagem do presidente da República:

* radicalização ideológica;

* ataque ao presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz;

Economia

* indicação do filho, Eduardo, para a embaixada dos EUA;

LEIA TAMBÉM
Globo transforma Bolsonaro e Moro em motivo de piada no Zorra Total

Glenn Greenwald, do Intercept, promete nova bomba no Roda Viva

De olho nas urnas, Bolsonaro pretende criar o ‘super Bolsa Família’

* chamou os nordestinos de “paraíba”

* divergências entre Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro, sobre o Coaf;

* desmatamento e queimada na Amazônia;

* demissão do presidente do Inpe;

* bate-boca com o presidente da França, Emmanuel Macron;

* ameaças aos índios; e

* bateção de panelas durante pronunciamento na TV.

De acordo com o levantamento, o Nordeste brasileiro continua sendo o bastião antibolsonarista. Em julho, a reprovação de Bolsonaro na região era de 41%, agora é de 52%.

Bolsonaro despencou entre o mais ricos, cuja aprovação era de 52% em julho e agora 37%. O presidente também se assustou com a reprovação entre os mais pobres.

A sondagem revela que Bolsonaro é reprovado por aqueles que ganham até dois salários mínimo (22%), os mais jovens entre 16 e 24 anos (24%) e baixa escolaridade (26%).

Resumo da pesquisa Datafolha (avaliação do governo Bolsonaro):

* Ótimo/bom: 29%

* Regular: 30%

* Ruim/péssimo: 38%

* Não sabe/não respondeu: 2%

A pesquisa Datafolha foi realizada nos dias 29 e 30 de agosto com 2.878 pessoas com mais de 16 anos, em 175 cidades brasileiras. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.