Bolsonaro pode ficar inelegível com base no caso Fracischini, o primeiro político defenestrado por fake news

Ex-presidente será julgado pelo TSE por espalhar fake news durante reunião com embaixadores no Palácio do Planalto

Enquanto o ex-deputado cassado Fernando Francischini (União-PR) sai à caça de tarados em banheiros unissex, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para iniciar o julgamento que pode resultar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Primeiro político defenestrado por disseminar fake news, o caso Francischini servirá como paradigma no pregão de quinta-feira (22/6).

Em outubro de 2021, Francischini perdeu o mandato de deputado estadual no Paraná por, segundo o Ministério Público, incitar a população a desprestigiar a Justiça Eleitoral, incutindo em seus ânimos a clara noção de que as eleições brasileiras estavam sendo fraudadas a favor de algum candidato e contra o candidato Jair Bolsonaro, por meio de vídeo postado nas redes sociais.

Segundo o Ministério Público Eleitoral, houve abuso do poder de autoridade e utilização indevida de veículos ou meios de comunicação – equiparando vídeo publicado nas redes sociais aos veículos de comunicação de massa, abrindo a jurisprudência para o julgamento de Bolsonaro esta semana.

O ex-presidente Bolsonaro enfrenta 16 ações, mas o TSE vai examinar na quinta uma em que ele é acusado de ter cometido abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação social quando reuniu em julho de 2022 dezenas de diplomatas no Palácio da Alvorada para apresentar falsas teorias sobre a insegurança das urnas e atacar ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Voltemos à caça de Francischini aos tarados.

No fim de semana, o ex-deputado cassado passou os dias alertando seus seguidores de extrema direita que está solto o estudante flagrado filmando alunas em um BANHEIRO UNISSEX (a caixa alta é dele, Francischini) de faculdade de São Paulo.

Segundo Francischini, isso tudo vem “da sem-vergonhice ideológica de alguns vermes da esquerda, que plantam na cabeça dos nossos jovens, principalmente nos centros de doutrinação universitária, que usar banheiro juntos: homens, mulheres e outros é normal, moderno e inclusivo”, diz o texto do vídeo.

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