Bolsonaro faz “ponta” no documentário Privacidade Hackeada do Netflix

Bolsonaro_fake_bookA eleição do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é apresentada no documentário Privacidade Hackeada, do Neflix, como exemplo de fraude eleitoral comandada pela empresa de análise de dados Cambridge Analytica.

Além da ponta involuntária de Bolsonaro no documentário, Steve Bannon é apontado como a mente do mal que dissemina ódio e gera o caos entre nações. O ex-estrategista de Donald Trump e conselheiro do presidente brasileiro era vice-presidente da Cambridge Analytica.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Lula, comentou o documentário do Neflix pelo Twitter.

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Segundo o defensor do petista preso há quase 500 dias, o “lawfare” se utiliza das SYOPS, que são operações psicológicas.

“Empresas que realizam a coleta (?) e a análise de dados desempenham importante papel nesse fenômeno. Essas mesmas empresas atuam em eleições. Como essas empresas têm atuado no Brasil?”, questiona Zanin.

Privacidade Hackeada traz à luz a fraude eleitoral possibilitada pelos anúncios nas redes sociais, sobretudo no Facebook e WhatsApp, falsificando a vontade dos eleitores e modificando resultado nas urnas.

O documentário utiliza como base a eleição presidencial de 2016 nos EUA, a campanha pelo Brexit –saída do Reino Unido da União Europeia (UE)–, a eleição de Bolsonaro e a intervenção da “falecida” Cambridge Analytica em outras nações de todos os continentes.

Em termos práticos, fica a lição de que não foi uma boa ideia para a democracia brasileira a liberação de propaganda eleitoral paga no Facebook. A proibição desse tipo de publicidade cria desequilíbrio eleitoral e estimula as diabólicas fake news. É sobre isso o filme/documentário.

A torcida agora é para que Bolsonaro não censure o Netflix no Brasil.

Assista ao trailer oficial: