Bolsonaro compara execuções sumárias na ditadura a ‘tapa no bumbum de filho’

O deputado Jair Bolsonaro (PSL), pré-candidato a presidente da República, comparou a um tapa no bumbum do filho as execuções sumárias autorizadas pela ditadura militar na época de Ernesto Geisel. “Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece”, afirmou o presidenciável na manhã desta sexta (11), em BH, durante entrevista à Rádio Super Notícia.

“Quem nunca deu um tapa no bumbum do filho e depois se arrependeu? Acontece”, comparou Bolsonaro.

O ex-ditador do Brasil Ernesto Geisel, que governou o país entre 1974 e 1979, autorizou que o Centro de Inteligência do Exército (CIE) desse continuidade à “política de execuções sumárias” adotadas durante o governo de Emílio Garrastazu Médici, centralizando a coordenação das ações no Palácio do Planalto, via Serviço Nacional de Informações (SNI). A informação foi divulgada em um memorando da CIA recentemente tornado público.

Na entrevista concedida na capital mineira, Bolsonaro defendeu a atuação da ditadura militar. “Voltaram à carga. Um capitão tá pra chegar lá. É o momento. Tem que matar a cobra e mostrar o pau. Até na sua casa, com todo respeito, você vê quando você erra”, minimizou ao referir-se à possibilidade dele vencer as eleições deste ano.

Para Bolsonaro, o momento era outro. “Ou a gente botava para quebrar, ou o Brasil estava perdido”.

Pelas redes sociais, Jair Bolsonaro dividiu a defesa dos crimes na ditadura militar (1964-1985) com as empresas de comunicação brasileiras. O pré-candidato do PSL buscou no fundo do baú um editorial publicado pelo jornal O Globo em 7 de outubro de 1984: “Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das Instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada”, diz um trecho do editorial do jornal de Roberto Marinho.

Economia