Bolsonaristas se concentram em Brasília contra o STF e por intervenção militar

Grupos de bolsonaristas estão se concentrando na Praça dos Três Poderes em Brasília para mais uma manifestação de apoio ao presidente Bolsonaro.

A maioria dos manifestantes não toma nenhum cuidado recomendado para evitar o contágio e a proliferação do Coronavírus. Alguns usam máscaras.

As faixas e cartazes pedem intervenção militar, volta da ditadura, o fechamento do STF, a cassação dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes; além de atacar os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre.

Confira os vídeos com algumas faixas compartilhados por George Marques, que escreveu:

“As hostilizações a outros poderes; o clamor por uma ruptura; a exaltação às forças armadas; a bandeira do que eles entendem de “família” e “liberdade”. O bolsonarismo golpista que ataca @davialcolumbre neste domingo é incoerente em raiz. Onde estão as pontes de diálogo?”

Economia

“Na porta do STF golpistas revivem a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Tudo remete ao golpe de 64. Já não fazem questão de esconder a veia golpista que pulsa entre eles.”

Vale notar que as faixas seguem um mesmo padrão de tecido e de pintura, o que indica que elas foram produzidas em quantidade, num único fornecedor. Isso indica que a manifestação tem financiamento e não é espontânea. Quem paga?

72% condenam fala de Bolsonaro sobre armas, diz Datafolha

O Datafolha garante que 72% dos brasileiros são contra a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre armas, que incitam à violência.

No vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, levantado pelo STF, Bolsonaro disse que gostaria de ver todo mundo armado.

“Eu quero todo mundo armado. Que povo armado jamais será escravizado”, declarou o presidente.

De acordo com o instituto, apenas 24% dos pesquisados estão de acordo com a declaração, enquanto 2% não concordam nem discordam e outros 2% não souberam responder.

A margem de erro da pesquisa Datafolha, feita com 2.069 entrevistados nos dias 25 e 26 de maio, é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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COMITÊ DO IMPEACHMENT: entrevista com Angelo Vanhoni, presidente do PT de Curitiba

O Comitê do Impeachment do Blog do Esmael entrevista neste domingo (31/05), às 19 horas, o presidente do PT de Curitiba, Angelo Vanhoni, sobre as fake news da direita, a campanha pelo Fora Bolsonaro e as eleições municipais de 2020.

Também participa do debate de hoje à noite o ativista social Milton Alves, escritor e autor do livro “A Política Além da Notícia e a Guerra Declarada Contra Lula e o PT”.

Angelo Vanhoni, militante estudantil nos anos 70 e bancário nos anos 80, foi professor e é presidente o PT na capital paranaense. Ele assumiu o comando da legenda no período de soltura do ex-presidente Lula, de quem é amigo e correligionário.

Aproveitamos para anunciar a hashtag #YoutubeSemFascismo durante a nossa transmissão.

Aguarde a transmissão ao vivo (19h):

Youtube a serviço do bolsonarismo ataca STF, a democracia e recebe verba estatal

No início de fevereiro deste ano, o Blog do Esmael denunciou que o serviço de streaming do Youtube estava se mostrado ideologicamente ligado à direita, ao fascismo, representado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro. Bingo!
Justiça seja feita. Em novembro de 2019, na reportagem “Grana por cliques”, o site The Intercept Brasil, fundado pelo jornalista Glenn Greenwald, foi o primeiro a colocar o dedo no fascismo online. “Fake news a R$ 25 mil por mês: como o Google treinou e enriqueceu blogueiros antipetistas”, afirmou a publicação.

Hoje, o Globo afirma que não há controle algum a atuação da extrema direita no Youtube –que pertence ao Google.

Canais disseminam notícias falsas e ódio, que atacam o Supremo Tribunal Federal (STF), integrantes das Forças Armadas e o Congresso Nacional, enfim, detonam a democracia, pedem intervenção militar e ainda recebem verbas estatais com mais de 28 mil inserções de publicidades “da Petrobras e da Eletrobras”.

A situação é gravíssima, segundo a reportagem do Globo. Uma outra base de dados, da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, aponta que 390.714 anúncios do governo federal tiveram como destino 11 sites e canais com o mesmo perfil entre junho e agosto do ano passado. A verba foi destinada para a campanha sobre a Reforma da Previdência.

De acordo com o jornalão dos Marinho, o Youtube tem sido irrigado com dinheiro público nos seguintes canais:

  • “Terça Livre”, de Allan dos Santos (investigado pelo STF);
  • Canal “Enzuh”, de Enzo Leonardo Suzi Momenti (investigado pelo STF);
  • Canal Bernardo Pires Kuster (investigado pelo STF);
  • “O Giro de Notícias”, Alberto Silva.

Segundo o Globo, o “Terça Livre”, de Santos, veiculou 3.490 anúncios pagos pela Petrobras. Já o canal de Kuster no YouTube veiculou 3.602 anúncios pagos pela estatal, enquanto o canal de Momenti veiculou 1.192. A Eletrobras também teve propagandas divulgadas nesses três canais. Foram 536 no de Kuster, 398 no “Terça Livre” e 273 no de Momenti.

Canal que mais veiculou anúncios da Petrobras, com 10.027, “O Giro de Notícias” é ancorado pelo youtuber Alberto Silva. Com 1,15 milhão de inscritos, o canal é conhecido por criticar o STF e por defender a intervenção militar. Em sua descrição, o veículo afirma que é “independente” e que “não recebe dinheiro de empresas públicas”.

Esses canais ligados à direita e ao bolsonarismo se destacam pelo linguajar chulo e seus donos não tiram da boca expressões como “porra”, “puta que pariu”, “caralho”, além do machismo, homofobismo e outros preconceitos que são próprios do fascismo.

Seria interessante o movimento Sleeping Giants, que surgiu para alertar empresas que seus anúncios digitais financiam sites com conteúdos apontados como fake news ou extremistas, interagisse mais com as empresas que anunciam no Youtube.

No Brasil, o movimento de extrema direita “Gigantes Não Dormem” vem atacando sites de posicionamento plural e suprapartidário, a exemplo do Blog do Esmael, pressionando empresas ligadas ao bolsonarismo a não veicularem anúncios via plataforma digital (programática). A nossa página já avisou que dispensa essas empresas que financiam o fascismo.

A pergunta é: até quando o Youtube e o Google irão dar retaguarda ao fascismo no Brasil?