Bispos da CNBB panfletam contra Copa nas 12 sedes; será que vão para o céu?

via Brasil 247

Pastoral do Turismo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil dá "cartão vermelho" ao que chama de "inversão de prioridades" no uso do dinheiro público do País e critica gestão do governo para a Copa do Mundo; entidade distribuirá folhetos nas 12 cidades-sede com ataques ao que chama de delegação de "responsabilidades públicas" a grandes empresas privadas, remoção de famílias e de espaços sagrados, entre outras críticas; Papa Francisco, ao contrário, é a favor da Copa e, apesar de não vir ao Brasil para o Mundial, assegurou que enviará uma mensagem contra o racismo; "O jogo vai começar e o Brasil se torna um imenso campo de futebol sem arquibancadas ou camarotes", diz texto da CNBB.
Pastoral do Turismo da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil dá “cartão vermelho” ao que chama de “inversão de prioridades” no uso do dinheiro público do País e critica gestão do governo para a Copa do Mundo; entidade distribuirá folhetos nas 12 cidades-sede com ataques ao que chama de delegação de “responsabilidades públicas” a grandes empresas privadas, remoção de famílias e de espaços sagrados, entre outras críticas; Papa Francisco, ao contrário, é a favor da Copa e, apesar de não vir ao Brasil para o Mundial, assegurou que enviará uma mensagem contra o racismo; “O jogo vai começar e o Brasil se torna um imenso campo de futebol sem arquibancadas ou camarotes”, diz texto da CNBB.

A Pastoral do Turismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vai distribuir panfletos nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo com críticas à  gestão do governo para a competição.

Os panfletos dão “cartão vermelho” à  inversão de prioridades no uso do dinheiro público do país para eventos como a Copa do Mundo, e critica o fato de o governo delegar responsabilidades públicas a grandes corporações e entidades privadas que se apropriam do esporte.

A CNBB ressalta, no entanto, que o governo só marcará o “gol da vitória” quando ninguém for perseguido por trabalhar em espaço público, e direitos dos consumidores e torcedores forem respeitados.

Os folhetos foram impressos em três idiomas (português, espanhol e inglês) e mostram a preocupação da Igreja com oito pontos que merecem “cartão vermelho”.

O primeiro deles é “a exclusão de milhões de cidadãos ao direito à  informação e à  participação nos processos decisórios sobre as obras que foram realizadas para a Copa”.

Economia

Outros pontos criticados são a remoção de famílias e comunidades para a construção de obras dos estádios ou de mobilidade, a inversão de prioridades para com o dinheiro público que deveria servir, prioritariamente, para a saúde, educação, saneamento básico, transporte e segurança.

Além disso, os panfletos falam em desigualdades urbanas e degradação ambiental, a apropriação do esporte por entidades privadas e grandes corporações.

A entidade enumera iniciativas que representam um “gol da vitória”: a garantia de que a população de bairros populares e moradores de rua tenham direito de permanecer em suas localidades; que ninguém seja perseguido por trabalhar em espaço público; que movimentos sociais não sejam criminalizados.

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