A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, nesta quinta-feira (17/8), foi palco de um intenso embate entre o hacker Walter Delgatti e o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR).
Durante o depoimento, Delgatti fez graves acusações a Moro, chamando-o de “criminoso contumaz” e revelando detalhes sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no que ele chamou de “tentativa de golpe de Estado”.
Delgatti, conhecido por sua participação no escândalo da Vaza Jato, alegou ter lido conversas privadas de Moro em aplicativos de mensagem e afirmou que o ex-juiz cometeu diversas irregularidades e crimes.
Em resposta, Moro retrucou chamando Delgatti de “bandido”.
A troca de acusações acaloradas ganhou destaque na CPMI e repercutiu nas redes sociais.
Figuras políticas também se manifestaram sobre o episódio.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, postou em sua conta no Twitter que as revelações de Delgatti são bombásticas e ressaltou que a Polícia Federal possui provas de contratação do hacker, incluindo registros de entrada no Palácio do Alvorada e pagamento com dinheiro público.
Segundo a dirigente petista, o encontro de Delgatti com Moro foi um caso à parte.
“Ex-juiz foi tentar lacrar, falou o que quis e ouviu o que não quis!”, observou ela.
Além disso, Zeca Dirceu, líder do partido na Câmara, afirmou que Delgatti entregou Bolsonaro como mandante da tentativa de golpe.
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, também se pronunciou, enfatizando que as alegações de Delgatti precisam ser investigadas imediatamente, dada a gravidade dos crimes imputados e a possibilidade de envolvimento internacional.
Moro tentou lacrar na CPMI dos Atos Golpistas e acabou chamuscado, avaliaram os congressistas.
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