Auxílio emergencial de R$ 500 milhões só para as empresas de ônibus em Curitiba

Em outubro próximo, cerca de 22 milhões de pessoas serão excluídas do recebimento do auxílio emergencial no país. No entanto, em Curitiba, até fevereiro de 2022 os felizardos donos de empresas de ônibus terão recebido até R$ 500 milhões de ajuda da Prefeitura de Curitiba.

A prorrogação do auxílio emergencial para as empresas de ônibus na capital paranaense foi aprovada pela Câmara de Vereadores por 20 a 15 votos na sessão de quarta (22/09).

Segundo estimativas da bancada de oposição no parlamento curitibano, o Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC) reuniu R$ 288,5 milhões desde o início da pandemia.

Se o subsídio aos empresários do transporte coletivo continuar em R$ 38 milhões, sendo que R$ 20 milhões provenientes das passagens pagas e mais R$ 18 milhões da prefeitura, projeta-se a ajuda emergencial de R$ 500 milhões até fevereiro de 2022.

No feriadão de Carnaval, de acordo com o script, com a anuência da Prefeitura, as tarifas de ônibus serão aumentadas para os usuários.

Atualmente, custa R$ 4,50 o preço da passagem em Curitiba –uma das mais caras do país. Na festa do Rei Momo fala-se em cinco reais, a despeito do auxílio emergencial para os donos das empresas de ônibus.

Economia

O diabo é que diante disso tudo, na ONU, o presidente Jair Bolsonaro mentiu que pagou 800 dólares [R$ 4,2 mil] para 68 milhões de pessoas na pandemia a título de auxílio emergencial. Se fosse verdade esses números, o Brasil teria gastado mais de R$ 285 bilhões com o benefício. Ocorre que houve degraus no pagamento, ou seja, nem todos receberam a mesma quantia.

Apesar da tristeza de milhões de brasileiros e curitibanos, os donos das empresas de ônibus na capital do Paraná estão felizes. Muito felizes, diga-se de “passagem”.

A família Gulin monopoliza 70% dos consórcios de transporte coletivo em Curitiba. Além desse ramo, o clã ainda diversificou atuando no ramo de energia elétrica desde o início dos anos 2000.

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