Prefeitura de Moscou anuncia feriado na segunda-feira (26/6)

Autoridades russas decidem não perseguir combatentes do grupo Wagner após motim armado: Contexto e implicações

Em uma declaração surpreendente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que as autoridades russas não perseguirão os combatentes do grupo PMC Wagner que participaram do motim armado. Segundo Peskov, essa decisão foi motivada pelas conquistas desses combatentes na linha de frente da batalha.

O grupo Wagner, conhecido por ser uma empresa militar privada composta por mercenários, tem lutado ao lado do exército regular russo na Ucrânia. Estima-se que a organização possua dezenas de milhares de combatentes na região. No passado, o fundador do grupo, Yevgeny Prigozhin, provocou indignação ao anunciar que eles haviam tomado “todas as instalações militares” na cidade de Rostov-on-Don, o que gerou descontentamento por parte do presidente Vladimir Putin.

O porta-voz Peskov enfatizou que não haverá perseguição contra eles devido às suas conquistas na linha de frente. Essa declaração sugere que esses combatentes não serão alvo de represálias por parte das autoridades russas.

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No entanto, o posicionamento do presidente Vladimir Putin em relação aos combatentes do Wagner envolvidos no motim armado parece ser diferente, haja vista a declaração do líder russo, pela manhã, considerando uma “punhalada nas costas” a rebelião desses mercenários.

Vale ressaltar que o envolvimento do grupo Wagner na Ucrânia tem gerado controvérsias e levantado questões sobre sua legalidade, uma vez que as forças mercenárias são proibidas na Rússia. No entanto, o grupo registrou-se como uma empresa e abriu uma sede em São Petersburgo, recrutando abertamente em cidades russas.

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A presença e o papel do grupo Wagner continuam sendo objeto de debate e investigação, especialmente considerando as acusações de crimes de guerra e abusos dos direitos humanos associados a seus membros. Enquanto alguns especialistas sugerem que a agência de inteligência militar da Rússia, GRU, secretamente financia e supervisiona o Grupo Wagner, as autoridades russas negam qualquer conexão oficial com a organização.

Com a decisão do Kremlin de não perseguir os combatentes do Wagner envolvidos no motim armado, questões sobre a legalidade e o controle dessas forças privadas permanecem em pauta. O episódio destaca a complexidade e os desafios enfrentados pela Rússia em relação à atuação de grupos militares privados em conflitos internacionais.

Em virtude do movimento armado, a Prefeitura de Moscou anunciou feriado na segunda-feira (26/6). “Um regime de operação antiterrorista foi declarado em Moscou. A situação é difícil. Para minimizar os riscos, eu, no âmbito do quartel-general operacional, decidi declarar segunda-feira um dia não útil – com exceção de autoridades e empresas de ciclo contínuo, complexo militar-industrial, serviços da cidade ” comunicou o prefeito moscovita Sergei Sobyanin.

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