Atrás da polêmica da “ideologia de gênero”, Beto Richa pode reduzir orçamento da educação

Para o deputado Péricles Mello, governo do estado pode fazer do debate sobre “ideologia de gênero” uma “cortina de fumaça” para reduzir orçamento na educação de 34% para 30%; líder do governo, Luiz Claudio Romanelli, sobre a polêmica das questões de gênero, aponta a necessidade de superar os “fundamentalismos” e conviver com a realidade que a sociedade apresenta, sem discriminar nenhum estudante.
Para o deputado Péricles Mello, governo do estado pode fazer do debate sobre “ideologia de gênero” uma “cortina de fumaça” para reduzir orçamento na educação de 34% para 30%; líder do governo, Luiz Claudio Romanelli, sobre a polêmica das questões de gênero, aponta a necessidade de superar os “fundamentalismos” e conviver com a realidade que a sociedade apresenta, sem discriminar nenhum estudante.
O Plano Estadual de Educação que tem prazo até quinta-feira (25) para ser aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná, sancionado e publicado pelo governador Beto Richa (PSDB), ainda apresenta questões polêmicas que vão da chamada “ideologia de gênero” ao percentual de verba no orçamento estadual.

Na última quarta-feira (17), o projeto recebeu 66 emendas de diversos deputados, por isso, volta hoje para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que fará uma sessão extraordinária para analisar estas emendas.

O deputado Péricles de Melo (PT) que integra a CCJ afirmou que pode pedir vistas na Comissão para que o projeto seja melhor discutido pelo menos até amanhã. Segundo ele, uma das divergências está no percentual de verba do orçamento a ser aplicado na educação. O projeto prevê 30%, mas hoje já estamos em 34%, o que daria margem para redução.

Outro problema apontado por Péricles é a equiparação dos professores com as demais carreiras de nível superior. Segundo o parlamentar, a luta é que a equiparação seja obrigatória, garantindo a isonomia aos professores.

Além dessas questões, deputados da “bancada evangélica” se manifestaram contrários ao que chamam de “ideologia de gênero” que seria a previsão de acolhimento à diversidade sexual, respeito às diferenças dos indivíduos LGBT, entre outras questões ligadas à sexualidade.

Segundo o deputado Professor Lemos (PT), grande parte das emendas apresentadas são consensuais e tratam de situações já existentes na prática, como a diversidade das escolas rurais, indígenas e quilombolas, entre outras situações. Sobre as questões de gênero e diversidade sexual, o deputado afirmou que a comissão de educação procurou avançar no texto buscando o consenso onde fosse possível.

Economia

Para Lemos, há falta de compreensão sobre o a importância e o significado do Plano Estadual e dos Planos Municipais de Educação. Há pessoas que são desinformadas e combatem questões de maneira cega, sem ao mesmo ler o plano. Há casos de municípios em que vereadores queriam suprimir o termo “gênero” até quando se tratava de gênero textual ou literário. “Um debate sobre educação não pode ser tão rasteiro”, completou.

O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), afirmou ao Blog do Esmael, sobre a polêmica das questões de gênero, que é preciso superar os fundamentalismos e conviver com a realidade que a sociedade apresenta, sem discriminar nenhum estudante. Segundo ele, o Plano Estadual de Educação deve ser um reflexo disso, para nortear os esforços de educação do Estado do Paraná.

A aprovação do Plano Estadual e dos Planos Municipais de Educação (PEE) devem ser concluídas até quinta-feira, dia 25 de junho, prazo final estabelecido pelo Plano Nacional de Educação aprovado no ano passado. Os planos consistem em metas e procedimentos para ação dos governos nos próximos dez anos.

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