Assassinatos e massacres cresceram no campo em 2017, informa Relatório da CPT

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) lançou na tarde desta segunda-feira (4), em Brasília, a 33° edição do relatório anual de Conflitos no Campo Brasil 2017. O documento reúne dados sobre os conflitos e violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo brasileiro, neles inclusos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais.

O lançamento ocorreu na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e contou com a participação do presidente da CPT, Dom André de Witte, do vice-presidente, Dom José Ionilton, membros da coordenação executiva nacional da CPT, o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carlos Walter Porto Gonçalves, Polliana Soares, do Acampamento Hugo Chávez, do Pará, despejado em dezembro do ano passado, entre outros convidados e convidadas

O relatório de 2017 destacou a ocorrência de um maior número de assassinatos em conflitos no campo dos últimos 14 anos, 71 assassinatos (dado atualizado após divulgação em abril, quando chegou a informação de uma morte em Anapu) – 10 a mais que no ano anterior, quando foram registrados 61 assassinatos. 31 destes assassinatos ocorreram em 5 massacres, o que corresponde a 44% do total. Além do aumento no número de mortes, houve aumento em outras violências. Tentativas de assassinatos subiram 63% e ameaças de morte 13%.

*Foto de Elvis Marques – CPT