Argentina: Trabalhadores farão controle de plano de emergência alimentar contra a fome


A aprovação pela Câmara dos Deputados da Argentina do Plano de Emergência Alimentar, na quinta-feira (12), até o final de 2022 foi um conquista da classe trabalhadora organizada nas centrais sindicais (CGT e CTA), dos movimentos sociais e das igrejas.

A decisão assegura um aumento de 50% dos recursos destinados à segurança alimentar, no valor de 10 bilhões de pesos. O projeto, que agora vai para o Senado, foi aprovado por 222 votos a favor e uma abstenção. As organizações dos trabalhadores farão o controle e o acompanhamento da execução do plano.

O governo neoliberal Macri lançou o país numa profunda crise econômica e social. Em 2018, a pobreza no país atingiu 32% das pessoas; os sem-teto eram 6,7% da população. Estima-se no, que final de 2019, esses valores possam chegar a 38% e 10%, respectivamente.

“O presente projeto de lei é um primeiro passo para garantir a segurança alimentar e nutricional dos cidadãos; deve ser complementado por outras medidas para diminuir o preço dos produtos da cesta básica e aumentar a renda das famílias “, afirma texto da carta consensual, aprovada pelos deputados.

O texto do projeto afirma que “garantir a segurança alimentar e nutricional deve ser transformado em um primeiro consenso básico e uma política estatal prioritária de uma nova etapa da unidade nacional da Argentina”.