O ilegítimo Michel Temer fez da reunião da CCJ do Senado, que vota nesta quarta-feira (28) a reforma trabalhista, a tábua de salvação dele. Ou seja, o Tinhoso apronta, mas arde no lombo dos trabalhadores.
Temer transformou a CCJ do Senado num campo de batalha para “provar” que ainda respira mesmo depois de denunciado por corrupção ativa no STF.
O senador Paulo Paim (PT-RS) defende que a votação do PLS 38/2017 seja adiado em virtude de Michel Temer ter sido alvo de denúncia apresentada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
“O correto seria não votarmos nada em vista dos fatos”, disse o senador à Rádio Senado.
Quanto ao projeto em si, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que não faz sentido acabar com a CLT para justificar a recessão e o desastroso modelo da economia. “Claro que a CLT precisa de alguns ajustes, mas destruir direitos do trabalho para justificar fracassos empresariais na recessão é estupidez!”, considerou.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do partido no Senado, bateu na medalha em discurso realizado nesta terça (27) defendendo o adiamento da votação da reforma trabalhista. Segundo ele, é uma reforma que revoga direitos do trabalhador e foi ditada exclusivamente pelo sistema financeiro. “Um presidente denunciado por corrupção não tem moral para aprovar uma reforma desse tipo”, disparou para então aconselhar o governo a “dialogar com a sociedade”.
O líder da Rede Solidariedade, senador Randolfe Rodrigues (AP), também pediu o adiamento da votação. “Ouçamos o bom senso e adiemos a votação desse tema. É o que o bom senso indica, porque o senhor Michel Temer não tem condição alguma de liderar quem quer que seja”, disse Rodrigues. Na mesma linha, o líder do PT, senador Lindbergh Farias, e as senadoras Lídice da Mata (PSB-BA) e Vansessa Grazziotin (PCdoB-AM) sugeriram que a votação da proposta fosse adiada.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.