Ao vivo: Saiba por que Bolsonaro teme a manifestação Antifas de domingo

O presidente Jair Bolsonaro acionou o botão de desespero na live desta quinta-feira, dia 4, jurando que não é fascista e excomungando o movimento Antifas — que combate os fascistas em todo o mundo.

Desde o dia de ontem, sem parar, Bolsonaro tem lutado para criminalizar a manifestação democrática deste domingo (7) convocada pelos Antifas e organizações populares.

O presidente da República desconfia que essa movimentação pode dar o pontapé na sua remoção do cargo, ou pelo impeachment ou pela cassação da chapa no TSE.

Sabendo que sua batata está assando, Bolsonaro convocou em Palácio do Planalto, esta tarde, pastores evangélicos para orarem.

Mais uma vez, Jair Bolsonaro ameaçou reprimir os Antifas. Não poupou adjetivos para criminalizá-los: black blocs, maconheiros, marginais, etc. Só não chamou o pessoal antifascista de Santos.

A pauta do presidente Jair Bolsonaro, nas últimas horas, tem sido para desmobilizar o movimento de domingo.

Economia

E se o tiro sair pela culatra?

Assista ao vivo:

LEIA TAMBÉM

Câmara dos Deputados emite parecer esclarecendo que artigo 142 da Constituição não autoriza intervenção militar

Bolsonaro manda atrasar boletins da Covid-19 para não passar em telejornais

Polícia Militar censura boneco de Bolsonaro em protesto

Líderes da Oposição e da Minoria na Câmara repudiam tentativa de criminalizar manifestações pró-democracia

Em manifesto divulgado nesta sexta-feira (5), os líderes da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), e o líder da Oposição na Câmara, deputado André Figueiredo (PDT-CE), repudiam qualquer tentativa de criminalizar, reprimir ou intimidar os participantes de manifestações que revelem insatisfação com o atual governo. Apelam ainda para que os atos pró-democracia e contra o racismo e o fascismo, programados para o próximo domingo (7), em várias capitais do País, sejam pacíficos, com a adoção de medidas sanitárias recomendadas pela OMS, como o uso de máscaras e o distanciamento físico neste momento de Covid-19.

Leia a íntegra do documento:

Manifesto

Nós, líderes da Minoria e da Oposição na Câmara dos Deputados, reconhecendo que o direito à manifestação está no artigo 5º da Constituição, o qual assegura as liberdades de expressão, reunião e de associação, repudiamos qualquer tentativa de criminalizar, reprimir ou intimidar os participantes de manifestações que revelem insatisfação com o atual governo.

Apelamos para que os atos pró-democracia e contra o racismo e o fascismo, programados para o próximo domingo (7) em várias capitais do País, como iniciativa de diferentes entidades e movimentos sociais e populares, sejam pacíficos, tendo a defesa da vida como foco central, com a adoção de medidas sanitárias recomendadas pela OMS, como o uso de máscaras e o distanciamento físico neste momento de Covid-19.

É nosso dever prevenir que provocadores e agitadores planejem se infiltrar nos movimentos para incitar conflitos, agressões e atos de vandalismo como forma de distorcer a intenção das manifestações e dar pretextos aos que flertam com o arbítrio e ameaçam o Estado Democrático de Direito.

A defesa da democracia e das liberdades democráticas é dever de todos. Não há outro caminho fora da democracia e do respeito à Constituição.

Brasília, 5 de junho de 2020

José Guimarães (PT-CE) – líder da Minoria

André Figueiredo (PDT-CE) – líder da Oposição

Carlos Zarattini (PT-SP) – líder da Minoria no Congresso